O homem de 25 anos suspeito de matar o sargento Roger Dias da Cunha, de 29, foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As investigações apontaram quatro qualificadoras: motivo torpe, ação contra agente da segurança pública, tentativa de assegurar impunidade contra outro crime e simulação que impossibilitou a defesa do sargento.
O suspeito, Welbert de Souza Fagundes, também foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o policial que conseguiu abordá-lo e efetuar a prisão. Além disso, ele também foi indiciado por crimes de desobediência, resistência e posse ilegal de arma de fogo.
Segundo a delegada Ariadne Coelho, responsável pelo caso, o suspeito confessou os disparos contra o militar. Ele afirmou que não queria voltar para o presídio de jeito nenhum.
O suspeito segue preso no Ceresp Gameleira à disposição da Justiça.
Outro suspeito foi indiciado por tentativa de homicídio
O homem de 33 anos suspeito de participar do assalto, que gerou a perseguição e terminou com a morte do sargento da PM, também foi indiciado. Segundo a PCMG, o suspeito foi enquadrado por tentativa de homicídio cometido contra os militares durante a fuga e contra um motociclista, que foi atingido pelo veículo conduzido pelo suspeito durante a fuga.
Além disso, o suspeito também poderá responder por desobediência e resistência, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, diante de quantidade de drogas apreendida pela PM na residência dele durante às buscas.
O suspeito está internado sob custódia policial no Hospital Risoleta Neves. Ele foi encaminhado para unidade porque sofreu ferimentos durante a fuga e também na abordagem pelos cães.
O caso
O sargento Roger Dias da Cunha foi atingido por disparos à queima-roupa na noite de sexta-feira (5 de janeiro), quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois suspeitos na Avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.
Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e da ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.
O militar foi socorrido por colegas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, mas dada a complexidade do caso, foi encaminhado ao João XXIII. Dois dias depois, o agente teve a morte cerebral constatada. O militar tinha 29 anos e atuava na Polícia Militar há cerca de 10 anos. Ele é pai de uma criança recém nascida.