Vários aspectos suscitam preocupações neste cenário conforme alertou o infectologista Leandro Curi para o portal O Tempo, referindo-se ao crescimento das arboviroses em Minas Gerais. A preocupação abrange casos de dengue, chikungunya e zika vírus. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), observa-se um aumento alarmante de 754% nos diagnósticos positivos durante a primeira quinzena de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. A SES-MG também confirmou o primeiro óbito atribuído às arboviroses, sendo um paciente de Sete Lagoas, cujo falecimento foi relacionado à Chikungunya.
O especialista aponta que o crescimento dos casos está vinculado ao aumento do número de mosquitos nesta estação do ano, caracterizada por temperaturas elevadas e condições “úmidas”. Além disso, destaca a existência de uma parcela da população que ainda não foi vacinada e, eventualmente, não possui imunização completa, tornando-se suscetível às doenças transmitidas pelos mosquitos.
“Eu vejo o cenário como preocupante em vários pontos. A gente está tendo um aumento de casos já em pronto-socorro, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), unidades de internação. Pacientes com dengue em várias formas. Tivemos um aumento grande de chikungunya no ano que passou, então pra esse ano também se espera uma elevação de casos, com certeza”, diz Curi.
Como medida preventiva, o infectologista orienta a população a procurar um posto de saúde ao apresentar sintomas leves e, em casos mais graves, buscar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Neste sábado (20), unidades de saúde de Sete Lagoa atenderão pessoas com sintomas de Dengue, Chikungunya e Zika e também haverá multivacinação.
“A sugestão é nunca se automedicar porque no caso da dengue, isso pode ser extremamente grave. Então, procurar atendimento sempre que puder”, diz ele.
Da Redação com O Tempo