Com o Carnaval se aproximando, os foliões precisam estar atentos para evitar cair em golpes ao comprar suas bebidas geladas. A aglomeração festiva é muitas vezes aproveitada por criminosos, que se dedicam a furtar celulares e também a ludibriar os foliões durante os pagamentos com cartão, aplicando o chamado “golpe da maquininha”.
Uma foliã de Belo Horizonte, que preferiu não se identificar, foi vítima desse golpe e sofreu um prejuízo de mais de R$ 1.200 no último fim de semana, durante um bloco de pré-Carnaval na Avenida do Contorno. Em relato ao BHAZ, ela explicou que tudo aconteceu enquanto tentava ajudar um amigo que estava passando mal.
Ao comprar um pirulito para o amigo, solicitou ao vendedor, que oferecia diversos itens, para pagar com cartão de débito. No entanto, o golpista alegou que a máquina não estava funcionando e sugeriu passar o cartão em outra máquina. A jovem passou o cartão novamente na segunda maquininha, mas não obteve sucesso. Em um momento de preocupação, o golpista aproveitou-se da distração dela e aplicou o golpe.
Quando lhe devolveram o cartão, ela não percebeu que não era o seu e, sem bateria no telefone para verificar, só descobriu no dia seguinte que haviam realizado uma compra de R$ 1.200 em seu cartão.
Saiba como não cair em golpes
Aqui estão algumas dicas para evitar cair no “golpe da maquininha” durante o Carnaval. Uma vítima desse golpe compartilhou sua experiência, destacando que registrou um boletim de ocorrência e está em contato com o banco para tentar reaver o dinheiro perdido. Ela observou que antes da compra fraudulenta, foram realizadas outras transações de R$ 4 e R$ 5, possivelmente para testar a funcionalidade do cartão. Uma tentativa de compra de R$ 900 também foi feita, mas o banco não autorizou.
Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, alerta que os golpistas observam quando os clientes digitam suas senhas nas maquininhas e, em seguida, trocam o cartão na devolução. Com o cartão e a senha em mãos, eles fazem compras usando o dinheiro da vítima.
É crucial que o campo de senha mostre apenas asteriscos e que o cliente não aceite fazer pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado. Além disso, é importante que o próprio cliente insira o cartão na maquininha e verifique se o cartão devolvido é realmente o seu.
Outras precauções incluem pedir o comprovante impresso da transação, verificar se o valor está correto nas mensagens SMS do aplicativo do banco e, no caso de pagamentos via QR Code ou transferência, verificar o valor e o destinatário do dinheiro.
Para evitar roubos de celulares, os clientes devem estar atentos aos cuidados básicos, como não armazenar senhas em locais vulneráveis e usar mecanismos de proteção oferecidos pelas empresas de seus celulares.
Quanto ao Pix, os usuários podem configurar o limite de transferência no aplicativo do banco, o que é útil para impedir transações altas em caso de roubo de celular. Recomenda-se ajustar os limites do Pix para valores que serão usados durante o evento.
Ao pagar com QR Code, os clientes devem verificar cuidadosamente todos os dados do pagamento e se certificar de que a loja escolhida é legítima antes de fazer a transferência. Essas medidas ajudam a proteger os foliões de possíveis golpes durante as festividades de Carnaval.
Da Redação com BHAZ