A atualização divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta segunda-feira revela que o número de óbitos aumentou consideravelmente em comparação com o mês anterior, passando de 18 para 100 em apenas 18 dias de março.
Os casos prováveis de dengue no estado chegam a 629 mil, com 232 mil confirmações. Além disso, a chikungunya também apresenta preocupação, com 37,1 mil casos notificados e 24 óbitos.
Belo Horizonte registra uma alta incidência da doença, com quase 15 mil casos e 20 mortes. Já Sete Lagoas acusa 8 mortes da doença até o momento.
É alarmante observar que quase 70% das mortes por dengue este ano em Minas Gerais ocorreram entre mulheres. Desde janeiro, 93 óbitos foram registrados, sendo 33 de homens. As faixas etárias mais afetadas entre as mulheres são as de 30 a 39 anos, seguidas por 40 a 49 e 70 a 79.
Embora não haja evidências científicas claras que expliquem essa disparidade de gênero, especialistas alertam que os dados devem ser analisados com cautela. Para o infectologista Estevão Urbano, não há indícios de uma predisposição maior das mulheres à mortalidade por dengue, sugerindo que pode ser apenas uma coincidência.
Carlos Starling, outro especialista em infectologia, destaca que as mulheres compõem a maioria da população mineira, o que pode influenciar os números. Segundo o censo demográfico de 2022 do IBGE, elas representam 51% da população do estado.
Da Redação com Hojeemdia