Minas Gerais lidera nacionalmente no número de empresas agraciadas com o Selo Resgata no 5º Ciclo de Concessão do Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Penal, entregue recentemente em Brasília.
O estado se destacou com 233 instituições reconhecidas, uma iniciativa da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, destinada a fomentar, incentivar e premiar as organizações que contratam pessoas privadas de liberdade.
Das 407 empresas que se inscreveram e cumpriram os requisitos da Portaria 247 da Senappen em todo o Brasil, 57% são mineiras.
“Proporcionar trabalho e formação aos indivíduos sob nossa custódia é essencial para a construção de um estado mais seguro. Ao saírem, eles buscarão novas oportunidades, afastando-se da criminalidade”, afirma Leonardo Badaró, diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG).
O Selo Resgata promove responsabilidade social e sustentabilidade, encorajando as empresas a adotarem práticas justas e socialmente responsáveis.
Minas Gerais em foco
Atualmente, o estado conta com 17.577 detentos trabalhando e mantém 554 parcerias de trabalho com entidades privadas e públicas. Entre janeiro e março de 2024, Minas Gerais arrecadou mais de R$1,5 milhão de indenização, dinheiro que é parte do pagamento dos presos e retorna ao estado. Em 2023, o total arrecadado foi de R$5,4 milhões.
Paulo Duarte, diretor de Trabalho e Produção do sistema prisional mineiro, vê no Selo Resgata uma valiosa chance de demonstrar à sociedade a viabilidade de investimentos em processos produtivos dentro dos presídios e penitenciárias.
“É crucial desfazer o estigma de que o preso é improdutivo. Com mais de 500 parceiros de trabalho, nosso sistema prisional mostra que muitos empresários perceberam a viabilidade do negócio, investiram e colheram bons frutos. O preso, ao ganhar uma chance, esforça-se ao máximo para ser produtivo e sair da cela”, relata Duarte.
Da Redação com Agência Minas