O Tribunal de Justiça de Minas Gerais ordenou, nesta terça-feira (16), a prisão de dois médicos condenados por envolvimento na morte e extração ilegal de órgãos de Paulo Pavesi, uma criança de 10 anos, em Poços de Caldas no ano 2000.
Os profissionais, que em 2021 haviam recebido penas de 25 anos e 10 meses cada por homicídio qualificado por motivo torpe e majorado devido à vítima ser menor de 14 anos, estavam em liberdade enquanto aguardavam o término do processo. [leia a matéria anterior aqui]
A decisão de primeira instância também condenou outros três médicos a 14, 18 e 17 anos de prisão, respectivamente, por remoção ilegal de tecidos, órgãos ou partes do corpo, embora continuem livres até o momento.
Além disso, um recurso de um dos médicos foi negado pelo Tribunal, mantendo sua sentença de 21 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado. Este médico está preso desde maio de 2023.
Contexto do Caso
No dia 19 de abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi sofreu uma queda de 10 metros de altura no prédio onde morava. Ele foi inicialmente atendido no Hospital Pedro Sanches e, dois dias depois, transferido para a Santa Casa de Poços de Caldas. Lá, foi declarado com morte cerebral pelos médicos, que removeram seus órgãos para transplantes. Contudo, o Ministério Público de Minas Gerais argumenta que Paulo ainda estava vivo no momento da retirada dos órgãos, e que a morte foi induzida para facilitar a remoção.
Quatro médicos foram denunciados por homicídio qualificado, resultando na condenação de três, enquanto um foi absolvido pelo júri.
Da Redação com Por Dentro de Tudo