A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um furto ocorrido em uma casa que precisou ser esvaziada por estar nas proximidades do prédio de 18 andares que teve dano estrutural, em Montes Claros, norte de Minas. Segundo a moradora, o prejuízo estimado é de cerca de R$ 200 mil.
O crime ocorreu na última quarta-feira (10) e a Polícia Civil informou nesta quinta-feira (18), que a investigação já foi aberta. Diligências já foram feitas e o delegado responsável solicitou perícia no local dos fatos. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, o criminoso entrou na casa durante a madrugada, provavelmente, após pular o muro.
Em entrevista à InterTV, a dona da residência, Tatiana Costa Rodrigues, contou que encontrou o imóvel revirado ao retornar para buscar alguns pertences. “Cheguei e tomei um susto, fiquei meio apavorada, sem ação e sem saber o que fazer. […] A responsável pela construtora falou que poderíamos ficar despreocupados, que o local estava sendo monitorado, que teríamos segurança e nada iria acontecer”, disse. “O meu prejuízo é de cerca de R$ 200 mil de joias, aparelhos eletrônicos, relógios e enxoval, que eu revendia e ficou no nosso estoque”.
A ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança e de acordo com a PM, o bandido permaneceu no local por cerca de duas horas. Em seguida, fugiu em um carro levando os objetos furtados. Em nota, a Turano Construtora, construtora do prédio que teve que ser esvaziado, lamentou o ocorrido e solidarizou com a família. A empresa disse que confia nas autoridades “para coibir e punir tão reprovável conduta”.
Prédio interditado há mais de uma semana
A interdição do edifício Roma, em Montes Claros, completou uma semana na última segunda-feira (15). Um dos pilares de sustentação do prédio teve dano, e ameaçava cair. Residências e comércios em um raio de 60 metros também foram esvaziados.
Dados do Corpo de Bombeiros apontam que no total 127 pessoas tiveram que sair de suas casas, 45 residem no Roma. Por conta da situação, outro prédio e 16 imóveis permanecem vazios. O trânsito também segue fechado no local.
Ainda segundo os bombeiros, o prédio apresenta comprometimento de mais de um pilar, sendo que um deles está com a ferragem exposta e rompimento de algumas barras, além de sinais de flambagem (encurvadura) na lateral afetada.
A construtora responsável providenciou um reforço para a estrutura com a colocação de escoras que suportam oito toneladas cada e faz o monitoramento do prumo – que aponta se a edificação permanece estável. Além disso, o engenheiro calculista está elaborando um levantamento para atestar a integridade do edifício, o que pode permitir a liberação do entorno. As trincas e rachaduras também estão sendo acompanhadas por um engenheiro civil.
“A gente vem trabalhando 24 horas, de forma técnica. A gente contratou os melhores profissionais do país, que estão trabalhando incansavelmente para a solução do fato ocorrido. Através desses estudos e desse trabalho, estamos trabalhando para a liberação do entorno e do edifício para os moradores”, disse Guilherme Turano, responsável da Turano Construtora, idealizadora do edifício Roma.
Ao ser questionado sobre prazos, em entrevista à InterTV, Turano falou que tudo depende do andamento dos trabalhos, já que “há um rito a ser seguido”. Primeiro, deve ser feita a elaboração de um laudo que permita liberar o entorno do edifício e depois um outro estudo técnico do caso com as soluções que serão propostas. Os profissionais envolvidos nos trabalhos foram contratados de forma independente.
Da redação com G1 e InterTV