Tutores de cães se reuniram no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para exigir justiça pela morte do golden retriever Joca. O animal faleceu após passar mais de 7 horas sendo transportado de avião pela Gollog, uma empresa subsidiária da Gol Linhas Aéreas.
Os proprietários organizaram uma manifestação pacífica para solicitar melhores condições de transporte para animais em companhias aéreas. O grupo se posicionou em frente ao balcão de check-in da Gol com uma faixa exigindo justiça para o cão.
Carolina Almeida, responsável pela coordenação do protesto, argumenta que os animais de estimação deveriam poder viajar junto com os proprietários nas cabines dos aviões.
“Estamos esperançosos em causar um impacto positivo ao solicitar mudanças nas regulamentações de transporte aéreo de animais. Eles merecem ser transportados conosco, com dignidade e respeito. É inaceitável testemunhar casos como o de Joca ocorrendo e, no máximo, resultando em uma multa para a empresa responsável”, comentou em uma postagem nas redes sociais. Veja o vídeo do protesto:
Protestos similares foram realizados em Brasília e São Paulo. Nessas cidades, os proprietários ocuparam os aeroportos junto com os cães exigindo a regulamentação do transporte aéreo de cachorros de grande porte.
Fernanda Machado, representante do Clube Golden Brasília, destaca que casos de negligência são frequentes, como fugas dos cães durante o embarque e óbitos durante o transporte. “Eles tratam nossos cães como bagagem, como objetos, e eles não são. O custo para transportar um cão é significativo. Nosso apelo é um pedido de socorro, é o suficiente. Não queremos mais isso. Precisamos de mudanças. O transporte precisa ser regulamentado”, enfatizou.
Caso Joca Joca faleceu na última segunda-feira (22) devido a um erro na operação da Gollog. O animal partiu de Guarulhos, São Paulo, com destino a Sinop, Mato Grosso. Entretanto, devido ao erro, foi transportado para Fortaleza, Ceará. No total, Joca passou sete horas em trânsito, levando três horas para chegar a Fortaleza e, em seguida, aguardou cerca de uma hora e meia no terminal antes de embarcar por mais três horas e meia de volta para São Paulo.
João Fantazzini, tutor do cão, possuía um atestado indicando que o animal poderia suportar uma viagem de duas horas e meia.
Após o incidente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Polícia Civil de São Paulo iniciaram investigações sobre o caso.
Em comunicado divulgado após o ocorrido, a Gol manifestou solidariedade e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão do transporte aéreo de animais por 30 dias.
Da Redação com BHAZ