Isabelle Troncao, de 16 anos, moradora de Las Vegas (Nevada, EUA), desenvolveu uma infecção grave após experimentar o cigarro eletrônico para impressionar o namorado. Ela conta que, para participar de um momento social e agradar o rapaz, aceitou dar tragadas no vape.
Sete dias depois, porém, começaram os primeiros sintomas: dor de garganta intensa, que um médico chegou a diagnosticar como gripe comum, orientando apenas repouso. “Aquele negócio no meu peito ardia toda vez que eu tentava engolir”, lembra Isabelle.

Rapidamente, a situação piorou. A adolescente passou a sentir fraqueza extrema — não conseguia nem se levantar para ir ao banheiro — e uma pressão no tórax que tornava quase impossível respirar fundo. “Eu queria puxar o ar, mas não conseguia”, descreve.
Levanda ao pronto‑socorro de Henderson (Nevada), ela recebeu o diagnóstico de Síndrome de Lemierre, uma infecção bacteriana rara na região da garganta. Segundo os médicos, o uso do vape facilitou a proliferação de bactérias que se espalharam pelo corpo, causando sepse. Para salvar sua vida, foi necessária uma cirurgia para drenar cerca de um litro de líquido acumulado no pulmão. Além disso, coágulos foram encontrados na garganta, no pulmão e no braço esquerdo. Isabelle permaneceu internada por um mês.
“Foi aterrorizante. Eu estava ao lado dela todas as noites e, várias vezes, nos disseram que não tinham certeza se ela resistiria”, relembra Francesca Lombardo, mãe da jovem.
O episódio, ocorrido no final de 2023, serviu de alerta para os riscos associados ao cigarro eletrônico, especialmente entre adolescentes sujeitos a pressões para ‘causar boa impressão’. Hoje, Isabelle não namora mais o jovem que a apresentou ao vape e empenha‑se em conscientizar colegas sobre os perigos dessa prática: “Disseram‑me que, se eu tivesse chegado ao hospital só algumas horas depois, eu não estaria mais aqui. Ninguém deveria usar esses aparelhos — muita gente está ficando doente por causa deles.”