O encerramento dos Jogos Pan-Americanos de Santiago foi marcado por um episódio que se repete, envolvendo oito atletas cubanos que optaram por permanecer no Chile e solicitar asilo ou refúgio. A discrepância numérica entre os 412 membros da delegação cubana que chegaram ao Chile para a competição e os 391 que retornaram à ilha ainda carece de uma explicação oficial.
Uma situação semelhante ocorreu durante os Jogos Pan-Americanos realizados no Brasil em 2007 quando Lula também era presidente. Após a deserção, dois atletas foram localizados no Rio de Janeiro e, consequentemente, deportados. Naquela ocasião, o Congresso e organizações internacionais questionaram a decisão do governo brasileiro de não ter concedido refúgio aos atletas.
De acordo com o subsecretário do Ministério do Interior, Manuel Monsalve, um atleta inicialmente buscou refúgio, e posteriormente, com o auxílio de um advogado, mais seis integrantes da equipe feminina de hóquei sobre grama e um corredor da prova com barreiras decidiram permanecer no Chile.
O advogado Mijail Bonito esclareceu que esses atletas não estão em Santiago, mas hospedados na casa de amigos em três regiões distintas do país. Embora tenham visto para permanecer no Chile até 12 de novembro, estão enfrentando a retenção de seus passaportes, confiscados na entrada do país pelos dirigentes cubanos.
A crise econômica severa que Cuba atravessa nos últimos dois anos tem resultado em um êxodo em massa, especialmente entre os jovens. Mesmo diante desse cenário, a delegação cubana conseguiu manter um desempenho notável nos Jogos Pan-Americanos, encerrando no Top 5 do quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil, México e Canadá.
Ao total, a delegação cubana conquistou 30 medalhas de ouro, 22 de prata e 17 de bronze, um número ligeiramente inferior ao obtido nos Jogos de Lima, há quatro anos.
da redação com CNN