Um brasileiro, gerente de um restaurante na cidade de Guayaquil, no Equador, foi sequestrado na terça-feira (9) durante a onda de violência que assola o país. Seu filho chegou a publicar um vídeo fazendo um apelo para que ele fosse libertado.
Thiago Allan Freitas (38 anos) foi liberado na última quarta-feira (10) pela polícia local. “O Ministério das Relações Exteriores continua a acompanhar o caso e a prestar a assistência ao nacional brasileiro e a seus familiares”, informou o Itamaraty após comunicar a soltura.
Freitas tinha sido levado por bandidos ao ir a uma concessionária de carros. Logo em seguida, os filhos do brasileiro receberam uma ligação de vídeo do telefone do próprio pai em que ele aparecia com os olhos vendados e os bandidos pediam uma recompensa para liberá-lo.
De acordo com o encarregado de negócios da embaixada do Brasil no Equador, Afonso Neri, inicialmente, os ladrões pediram US$ 8.000 (cerca de R$ 40 mil). Depois, reduziram o valor para US$ 4 mil (R$ 20 mil). A família enviou apenas US$ 1.200 (R$ 6.000), o que não teria satisfeito os criminosos, que o mantiveram preso.
Neri afirmou que, ao que tudo indica, os sequestradores aproveitaram a onda de terror no Equador para raptar o brasileiro, mas não pertenciam a facções de narcotraficantes que têm espalhado violência no país.
Natural de São Paulo, Thiago vive em Guayaquil e gerencia o restaurante La Brasa, no Bamboo Plaza.
Situação atual do Equador
Após o líder de uma das maiores gangues locais fugir da prisão, o governo do país decretou estado de exceção, que terá vigência de 60 dias. Durante o período em que ele estará em vigor, a população será submetida a um toque de recolher entre 23h e 5h e à proibição de reuniões. Nessas condições, as autoridades também não precisam de mandados para entrar em uma residência.
“Fito” é líder da gangue Los Choneros, uma das maiores e mais influentes da nação. Após sua fuga, a medida que permite que as Forças Armadas vão às ruas apoiar o trabalho da polícia foi acionada sob o pretexto de uma “grave comoção interna” na nação. O presidente Daniel Noboa, por sua vez, decretou “conflito armado interno” na última terça-feira (9).
Da redação com UOL e TV Cultura