O início do ano trouxe crescentes especulações sobre a iminência de um conflito na península coreana, onde as duas Coreias estão localizadas. Novas movimentações militares, juntamente com discursos intensos por parte dos países envolvidos, acentuaram as já debilitadas relações entre Pyongyang e Seul, aumentando a possibilidade de um conflito regional.
Na Coreia do Norte, sob o comando de Kim Jong-un, a ditadura dissolveu agências de cooperação e reunificação da península, ameaçando iniciar uma guerra caso a Coreia do Sul viole seu território. Em um discurso recente no Parlamento, Kim pediu a revisão da Constituição, designando a Coreia do Sul como o “país hostil número um”, aprofundando o desentendimento entre os dois lados.
Enquanto isso, a Coreia do Sul intensificou treinamentos militares conjuntos com os EUA e Japão para conter as ameaças do Exército norte-coreano. Além disso, o país impôs sanções contra navios e entidades envolvidas no transporte ilegal de petróleo para a Coreia do Norte, como parte dos esforços para desencorajar o envio de recursos ao país vizinho e conter seu desenvolvimento nuclear e de mísseis.
A história da península coreana, antes da divisão em dois países, remonta à derrota do Japão pela União Soviética em 1945. A região, anteriormente uma única nação com valores e cultura comuns, foi dividida entre soviéticos (no norte) e americanos (no sul), resultando em ideologias diferentes e a criação de dois Estados autônomos.
Após a invasão da Coreia do Norte à Coreia do Sul em 1950, seguida por uma intervenção liderada pela ONU, um impasse levou a conversas de paz. Um cessar-fogo temporário foi alcançado em 1953, criando uma zona desmilitarizada ao longo do paralelo 38. Técnicamente, os dois países permanecem em guerra, e as tensões aumentaram novamente nos últimos anos.
Analistas alertam que mudanças legislativas propostas na Coreia do Norte, incluindo a classificação do Sul como “principal inimigo”, indicam uma possível retomada do conflito armado. Especialistas acreditam que as duas Coreias estão agora em maior risco de serem arrastadas para um confronto armado.
da redação com GP