A ansiedade afeta cada vez mais seres humanos, mas muitas vezes não percebemos que os animais também podem ser afetados por esse problema. Comportamentos como agressividade, destruição de objetos, isolamento, agitação excessiva e problemas alimentares são alguns dos sintomas de ansiedade que os pets podem apresentar.
O comportamentalista animal Wagner Brandão destaca que os tutores estão cada vez mais cientes de que as necessidades dos animais vão além de apenas alimentação, água e um ambiente limpo. “Eles precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, traumas psicológicos e síndromes comportamentais”, ressalta Brandão. Ele enfatiza a importância de um olhar atento por parte dos tutores e de um diagnóstico precoce, já que a ansiedade prolongada pode levar ao desenvolvimento de outras doenças ao longo do tempo.
Observando as particularidades e necessidades individuais dos pets, os tutores podem adotar medidas para intervir e aliviar os sintomas da ansiedade nos animais.
Algumas dicas do especialista incluem:
Promover um ambiente tranquilo e seguro: reservar um espaço na casa onde o animal possa se retirar quando se sentir sobrecarregado, como uma cama confortável, área com brinquedos ou uma caixa de transporte coberta com uma manta.
Manter uma rotina: estabelecer horários regulares para alimentação, passeios e brincadeiras pode trazer mais segurança e estabilidade para o pet.
Brincadeiras de esconde-esconde: proporcionar oportunidades para que o animal se exercite, como espalhar petiscos ou brinquedos pela casa, estimula a mente e reduz a ansiedade.
É importante lembrar que os animais também precisam de cuidados adequados e atenção constante de seus tutores para garantir seu bem-estar físico e emocional.
Os passeios são uma parte importante da rotina dos pets, sendo recomendados pelo menos de 10 a 15 minutos por dia. Além do exercício físico, os passeios proporcionam benefícios para a socialização e estimulação mental do animal. A interação com humanos e outros animais durante os passeios satisfaz suas necessidades sociais e reduz o estresse causado pelo isolamento, como explica Brandão.
O treinamento de obediência básica, praticando comandos simples como “senta”, “fica” e “vem”, pode oferecer estrutura e segurança ao animal, diminuindo os sentimentos de estresse e ansiedade. Essas técnicas podem ser facilmente aplicadas com a orientação de um comportamentalista animal.
Outra prática recomendada é dedicar alguns minutos do dia para sessões de massagem no animal de estimação. Além de promover o relaxamento muscular, isso fortalece o vínculo entre o tutor e o pet.
Em algumas situações, pode ser necessário recorrer à ajuda profissional em comportamento animal para oferecer um reforço extra. Um profissional qualificado pode ajudar o animal a alcançar uma melhor qualidade de vida e bem-estar.
Da Redação com Por Dentro de Tudo