Uma adolescente de 15 anos foi encontrada morta, neste domingo (24), no bairro Jardim Arizona, em Sete Lagoas. Segundo a Polícia Militar, a jovem desapareceu após ir a uma festa com dois homens no bairro Montreal. Os dois foram presos por suspeita de estuprar e assassinar a jovem.
Conforme o boletim de ocorrência, a mãe relatou que, no sábado, por volta das 22h, a filha teria ido a uma festa sem o consentimento dela. Neste domingo, às 12h, uma testemunha encontrou o corpo seminu da adolescente enquanto passeava com o cachorro. O cadáver estava em um loteamento, próximo ao Shopping Sete Lagoas.
A Polícia Militar foi até o local e constatou o óbito. Segundo a perícia, o corpo apresentava um corte profundo no pescoço, além de marcas aparentes de pneu. Também havia dois pedaços de plástico prata que seriam do para-choque de um veículo, indicando que a vítima foi atropelada. Na terra, estava escrito CBC, sigla de “Comando do Bairro do Carmo”, uma facção de tráfico de drogas da região.
Durante as diligências, os militares descobriram que a jovem estava desaparecida. Ela foi até a festa, na companhia dos suspeitos, e foi embora com os dois. Durante o trajeto de carro, uma discussão teria ocorrido, levando um dos suspeitos a desferir uma facada no pescoço da adolescente enquanto o veículo ainda estava em movimento.
Após o ataque, os homens levaram a vítima até uma estrada próxima à Serra Santa Helena. Em uma tentativa de ocultar o crime, eles teriam simulado um atropelamento. Os dois suspeitos foram localizados e presos pela polícia no final desta tarde.
À polícia, um suspeito de 24 anos afirmou que o comparsa, de 21, teria saído do veículo com a adolescente e a estuprado. Enquanto o crime acontecia, ele disse que ficou dentro do carro mexendo no celular. Já o segundo autor contou que o primeiro o deixou em casa e ficou sozinho com a adolescente.
Questionado, o suspeito de 24 anos mudou a versão do crime diversas vezes e chegou a confessar que tinha matado a jovem, mas que não a estuprou. Em depoimento, ele assumiu que escreveu CBC perto do corpo da vítima para tentar encobrir a verdadeira história. Isso porque ele já teria ouvido falar da facção e poderia usá-la como álibi, pois acreditava que a vítima tinha envolvimento com o grupo criminoso.
Como a polícia não contou sobre as iniciais escritas na terra no local do crime, os agentes entenderam que o suspeito acabou se entregando. Além da prisão dos dois suspeitos, a polícia apreendeu o carro usado no assassinato na casa dos autores.
A perícia verificou que os pneus do carro tinham manchas de sangue. Os militares também apreenderam um instrumento cortante em uma gaveta no quarto da casa, objeto usado para matar a adolescente.
Da Redação com Itatiaia