A Justiça de Minas Gerais transformou em preventiva a prisão em flagrante dos suspeitos de assassinar Sophia Louise Gonçalves Rodrigues Guerra (15 anos) em Sete Lagoas. Com a decisão, Ulisses Roger Pereira Cruz (24 anos), e Gabriel Carvalho Medeiros (21 anos) permanecerão no Presídio de Sete Lagoas.
De acordo com os advogados dos suspeitos, Wilier Félix (defensor de Ulisses) e Bruno Cavalcante Soares (defensor de Gabriel), a audiência de custódia ocorreu na segunda-feira (26). O caso segue em segredo de Justiça.
As investigações e as acusações
Conforme a delegada Márcia Máximo, em entrevista para a Rádio Itatiaia, os dois são investigados por homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e uso de meios que dificultaram a defesa da vítima. Uma câmera de segurança registrou Sophia pela última vez dentro do carro de Ulisses, no banco do passageiro, enquanto ele deixava Gabriel em casa.
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Segundo o boletim de ocorrência, Ulisses deu versões contraditórias sobre o crime. Em uma delas, disse ter deixado Gabriel em casa antes de seguir sozinho com Sophia até o local onde ela foi assassinada. A polícia também investiga a possibilidade de que Gabriel tenha ajudado Ulisses a dopar a vítima com a substância conhecida como “Boa Noite, Cinderela”.
Posicionamento das defesas
O advogado de Ulisses afirmou que seu cliente permaneceu calado na audiência de custódia e que ainda não teve acesso ao processo, como já dito pelo SeteLagoas.com.br. Já a defesa de Gabriel alegou que a juíza não analisou vídeos e áudios apresentados pelos advogados, solicitando à Polícia Civil a inclusão desses materiais no processo. Segundo Bruno Cavalcante, a defesa busca provar a inocência de Gabriel, que nega as acusações e aponta contradições nos indícios apresentados.
O crime
Sophia foi encontrada morta no domingo (24), seminua, em um loteamento no bairro Jardim Arizona. O corpo apresentava um corte profundo no pescoço e marcas de pneu. Próximo ao local, estava escrito “CBC”, sigla de uma facção criminosa. Ulisses confessou ter escrito a sigla para desviar suspeitas, alegando que acreditava no envolvimento da vítima com o grupo.
Na noite anterior, a adolescente havia ido a uma festa no bairro Montreal acompanhada dos suspeitos, sem o consentimento da mãe. Um vídeo gravado por Sophia mostra momentos de descontração horas antes do crime.
A investigação segue, buscando esclarecer as circunstâncias do crime e a responsabilidade dos envolvidos.
com informações da Rádio Itatiaia