Um cliente da Caixa Econômica Federal, CEF, fez um saque no valor de R$ 12 mil com um cheque da mãe para ladrões que o aguardavam do lado de fora do banco. Enquanto o crime era consumado na agência da Rua Dr. Avelar, parte do grupo de criminosos mantinha a família da vítima sob a mira de armas de fogo na casa onde moram no bairro Olinto Alvim.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar, PM, quando o cliente teve a certeza que a mãe e o tio estavam em segurança. Apesar de a vítima garantir que não conhecia nenhum dos ladrões, os cinco criminosos, entre eles uma mulher, invadiram a casa sabendo da existência do valor guardado no banco. Foram levados ainda R$ 500 e utensílios encontrados na casa.
No fim da manhã da segunda-feira, 17, o grupo invadiu a casa e rendeu a família. O cliente, acompanhado de dois criminosos, chegou ao banco para efetuar o saque pouco depois do meio dia. “Ele passou por três triagens e disse que precisava do dinheiro na hora para comprar um carro. Por isso fizemos a concessão e liberamos o valor sem previsão”, justificou uma das gerentes do banco que fez o primeiro atendimento a vítima.
Encaminhado para o caixa onde pegaria a quantia, o cliente foi questionado sobre a assinatura no cheque estar tremida. “Ele estava tranquilo e disse que o cheque era da mãe. O caixa então ligou para a casa, mas não conseguiu falar. Como afirmou que precisava passar naquela hora o dinheiro para o dono do carro que estava comprando e a assinatura do cheque batia, o valor foi entregue. Nunca ia passar na nossa cabeça que se tratava de um assalto. A agência estava muito cheia naquela hora”, completa a funcionária do banco que pediu para não ser identificada.
Depois do incidente a agência informou que não vai mais abrir concessões para clientes e o valor máximo de R$ 5 mil para saques sem previsão será respeitado à risca. O nome da vítima foi mantido em sigilo por questões de segurança. Dos cinco bandidos a PM sabe apenas que a mulher possui cabelos vermelhos. Até o fechamento desta reportagem ninguém havia sido identificado ou preso.
Por Marcelo Paiva.