“Estamos funcionando com portões fechados por segurança. Motoqueiros favor identificar sem o capacete”. O aviso foi afixado nas duas entradas da oficina, troca de óleo e lava jato Lubricar depois que o estabelecimento foi vítima de dois assaltos, em um deles foi apurado mais de R$ 3 mil de prejuízo e os funcionários foram presos dentro do escritório.
O proprietário da oficina que fica na Av. Dr. Sebastião de Paula Silva e que tem entrada pelas ruas Porto Alegre e Florianópolis, no bairro Canaan, já investiu mais de R$ 6 mil em segurança, mas depois do último assalto ocorrido em 14 de fevereiro veio a decisão de trabalhar com as portas fechadas. “Tenho medo de perder clientes, mas não tem jeito, não quero ficar na mira de uma pistola novamente”, teme Eslon Campos.
A loja de 800 metros quadrados é protegida com cerca elétrica, circuito interno de TV e receberá em breve o reforço de portões eletrônicos, tudo na tentativa de intimidar a ação dos criminosos. “Nos dois assaltos os ladrões chegaram armados de capacete com viseira escura e fechada. Não dá pra ter ideia de quem seja”, detalha Campos.
A lembrança da ação dos bandidos ainda está viva na memória de um dos funcionários da oficina que também ficou sob a mira de arma de fogo. “Eles chegaram e pediram para todo mundo entrar no escritório apontando a arma. Eles ficaram aqui uns dez minutos e roubaram também os clientes que estavam aqui no dia”, recorda.
De acordo com o último levantamento estatístico oficial divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social, SEDS, em dezembro de 2013 Sete Lagoas registrou 137 crimes contra o patrimônio. O número é 20% maior dos que as 114 ocorrências apuradas no mesmo período do ano anterior.
Um levantamento feito pelo SeteLagoas.com.br a partir de informações retiradas de ocorrências do tipo registradas pela Polícia Militar, PM, apontam para aproximadamente 200 crimes contra o patrimônio no mês de janeiro. Apesar de fevereiro ainda não ter terminado, o número de assaltos não deve diminuir.
Por Marcelo Paiva.