A Polícia Civil apresentou, nessa quarta-feira (5), em Belo Horizonte, o resultado de uma investigação que resultou na prisão de cinco homens, com idades entre 18 e 54 anos, e na apreensão de um adolescente, de 17. O grupo é suspeito de roubar e torturar um casal na em Esmeraldas, na Região Metropolitana. Entre os detidos, estão o ex-motorista e o caseiro das vítimas, além de um jardineiro do condomínio onde o crime aconteceu.
Segundo a polícia, no dia 16 de fevereiro, o homem e a mulher foram surpreendidos por quatro homens armados na casa deles, no condomínio Aldeias do Lago. Os suspeitos teriam agredido e torturado o casal para roubar dinheiro, joias e outros pertences.
De acordo com as investigações, após o roubo, o casal foi colocado em um carro, que seguiu no sentido Ibirité. Ainda conforme a polícia, as vítimas foram novamente torturadas. Os bandidos atiraram contra o homem, que foi atingido no rosto e na nuca e teve um dedo decepado. O casal foi deixado em um matagal e o veículo foi incendiado depois de ser abandonado na BR-381.
O delegado responsável pelo caso, Felipe Freitas, acredita que foi um milagre o homem ter sobrevivido. Segundo ele, a arma usada no crime foi recarregada de forma incorreta e, com isso, a bala não teve força para atravessar o crânio da vítima.
As apurações indicaram que o crime foi tramado pelo ex-motorista e pelo caseiro e resultou em um prejuízo de cerca de R$ 500 mil. Segundo a polícia, durante as investigações, foram recuperadas pedras preciosas avaliadas em US$ 40 mil (cerca de R$ 125 mil).
Segundo o delegado Felipe Freitas, todos os suspeitos confessaram participação no crime e alegaram que a motivação foi financeira. Ele contou ainda que o ex-motorista pretendia arrancar os olhos e cortar a língua do ex-patrão, o que não ocorreu porque um dos comparsas teria jogado fora o canivete que seria usado na ação. O ex-chofer teria ainda tentado furar os olhos do homem com uma vareta, mas sem sucesso.
Os cinco homens estão detidos em unidades do sistema prisional. O adolescente teve a internação provisória decretada.
Da Redação com G1