O jovem estudante de educação física e fisiculturista Allan Guimarães Pontello, de 25 anos, foi velado na manhã deste domingo (3) em Sete Lagoas e o sepultamento aconteceu às 17h. Segundo o pai do rapaz, Dênio Luís Pontello. “Ele tinha muitos amigos. A nossa família é tradicional na cidade”, contou.
Alan morreu dentro da boate Hangar 677, no bairro Olhos D’água, na região do Barreiro, na madrugada deste sábado (2). As causas da morte ainda estão sendo apuradas, mas a versão preliminar da Polícia Militar dá conta de que Allan Guimarães Pontelo teria sido flagrado por seguranças usando drogas dentro do banheiro do estabelecimento.
A abordagem teria acontecido por volta das 3h da madrugada. O jovem teria tentado fugir do local após os seguranças constatarem que ele também portava quantidade significativa da droga.
De acordo com as primeiras informações da PM, depois de saltar grades de contenção, Allan teria caído no chão, já desacordado. Ao chegar no local, os policiais já encontraram o jovem sendo atendido pela assistência médica da própria casa de shows. Ele foi entubado e recebeu massagens cardíacas para ser reanimado, mas não resistiu.
Outra versão
Amigos do jovem que também estavam no estabelecimento alegam que Alan foi levado por seguranças que tentaram forçar a saída dele da boate. Ele teria sido agredido por seguranças, o que teria motivado o óbito.
Histórico
Não é a primeira vez que a boate Hangar 677 ganha repercussão com episódios tristes envolvendo a violência entre jovens. No dia 9 de setembro de 2016, o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, foi agredido do lado de fora do local. A violência teria sido motivada por ciúmes do ex-namorado da jovem que o acompanhava.
Pouco tempo depois, no dia 2 de novembro de 2016, um estudante de Direito, também de 22 anos, foi agredido por um grupo de rapazes na casa de shows. Um dos agressores teria dado uma pancada com uma barra de metal no rosto do estudante, que teve o nariz fraturado e partes de quatro dentes quebrados. O jovem precisou fazer cirurgia plástica para colocar uma prótese e reconstituir a face.
A reportagem tentou contato por telefone com a boate Hangar 677 mas até o momento as ligações não foram atendidas.
O advogado da empresa CY Security – que presta serviço para a boate Hangar 677 –, Ércio Quaresma afirma que a versão de que o fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, teria sido morto pelos seguranças da casa é inviável. Segundo ele, os funcionários teriam visto Allan Pontelo usar e traficar drogas sintéticas dentro do local. Ércio descarta também o uso de arma de fogo para coagir o amigo da vítima.
Polícia Civil
A Polícia Civil informou neste domingo (3) que a necropsia não foi capaz de apontar a causa da morte do estudante e fisiculturista. Segundo a corporação, somente será possível confirmar o que causou a morte do jovem após a conclusão do laudo, que tem prazo de até 30 dias para ficar pronto. Exames complementares de sangue e urina serão feitos para saber se a vítima consumiu alguma substância tóxica.
O caso será distribuído para investigação nesta segunda-feira (4). De acordo com a Polícia Civil, a PM descreveu no boletim de ocorrência que havia lesões no corpo, mas ainda é cedo para afirmar se o estudante sofreu agressões ou algum tipo de queda. “O laudo de necropsia vai mostrar isso” informou a polícia.
Da Redação com HE e IT