Jovem foi enterrado neste domingo (04); família suspeita que o roubo tenha relação com sua morte.

O corpo do estudante Allan Guimarães Pontello, morto numa boate em Belo Horizonte, foi enterrado na tarde de domingo (4) em Sete Lagoas. Enquanto isso, dois bandidos roubaram a loja de suplementos alimentares que era de propriedade do estudante, no bairro Água Branca, em Contagem. Eles arrombaram a porta de aço do local com a ajuda de um carro, e roubaram notebook, computador, televisão, roupas e suplementos alimentares. Sendo observados por pessoas na rua, fugiram em alta velocidade.

Allan Pontello - Foto: Reprodução Facebook

O primo de Allan suspeita que os bandidos já conheciam o jovem, pois levaram objetos específicos e não desarrumaram a loja; já a mãe de Allan Leandra Guimarães, suspeita que o roubo tem a ver com a morte de seu filho.

Família crê em “assassinato”

O pai do estudante, o técnico em eletrônica Dênio Pontello, não há dúvidas de que o jovem foi torturado por seguranças da casa de shows. No velório, emocionado, afirma que seu filho foi assassinado.

Dênio relatou ao jornal O Tempo que, ao receber o corpo do filho pelo Instituto Médico Legal (IML), observou marcas como afundamento na parte de trás do crânio, nariz e dois dentes quebrados, além de hematomas nos olhos e machucados no peito.

A versão contada pelos seguranças da boate é de que Allan Pontello foi flagrado com ecstasy e cocaína, e ao tentar fugir, teve uma parada cardíaca. O pai do estudante comenta que esta prova foi “plantada”, já que, segundo ele, a Polícia Militar não encontrou entorpecentes no veículo do jovem.

Segundo a Polícia Civil, o laudo da necrópsia não apontou a causa da morte de Allan, e que a conclusão do laudo será feito em 30 dias. Também serão realizados exames de sangue e urina para verificar se o estudante teria consumido alguma substância tóxica.

Dênio Pontello ainda aponta que o relógio de ouro de Allan, que valeria R$ 8 mil, teria sumido na confusão da boate. Ele relata que os seguranças que trabalhavam no local eram policiais militares fazendo “bico”, mas por orientação do advogado não comentou mais detalhes.

Da redação com O Tempo