A juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello acatou o pedido do Ministério Público de Goiás e determinou na noite deste sábado, 21, a internação provisória, pelo prazo de 45 dias, do adolescente que atirou contra colegas de classe no Colégio Goyases, em Goiânia. Dois estudantes foram mortos e quatro ficaram feridos.
Conforme decisão, o jovem deverá se apresentar ao Juizado da Infância e Juventude na próxima segunda-feira, 23. Desde sexta-feira, 20, data do atentado na unidade educacional, ele está na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).
Ministério Público pede internação provisória de garoto que matou colegas em escola
O promotor Cássio Sousa Lima, da vara criminal do Ministério Público em Goiânia, pediu neste sábado (21), a internação provisória, por 45 dias, do adolescente que matou a tiros dois colegas de classe no Colégio Goyases, na sexta-feira (20) em Goiânia. Esse é o prazo estimado para a conclusão do processo e a decisão da justiça.
Ele confirmou que já encaminhou o pedido à Vara da Infância e Juventude, após ouvir na tarde deste sábado o adolescente de 14 anos, acompanhado do pai, oficial da PM, e da advogada. Um juiz deverá convocar o garoto para depor na segunda ou na terça-feira e então tomar uma decisão provisória. Só ao fim do processo, virá uma decisão definitiva. A internação máxima de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente é de três anos.
Segundo o promotor, o adolescente disse estar arrependido enquanto prestou depoimento. “Ele demonstrou arrependimento”, disse Lima. O garoto confirmou que vinha pensando em fazer uma retaliação aos colegas que lhe faziam bullying.
Ainda de acordo com o promotor, o pai se mostrou consternado e disse que a família “perdeu o chão”. O pai também teria dito que a arma estava em local seguro e difícil de acessar.
A mãe não esteve no depoimento porque foi internada, em choque, após o acontecimento, e ainda não teve alta.
Cuidados
O promotor pediu a internação no Centro de Internação Provisória de Goiânia, mas solicitou que ele fique em um local seguro.
“Pedi um cuidado especial à polícia judiciária”, disse. Segundo ele, é recomendável evitar que o adolescente fique perto de outros infratores menores de idade considerados perigosos.
Da Redação com Itatiaia