Dois agentes penitenciários e uma criança foram baleados na manhã desta terça-feira (31) próximo à Penitenciária Nelson Hungria, no bairro Nova Contagem, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os agentes chegavam para trabalhar quando sofreram o atentado.
Segundo informações iniciais da Polícia Militar (PM), dois homens passaram em uma Saveiro vermelha, atirando na direção dos servidores prisionais.
Uma criança, que não teve a idade revelada e que seguia para a escola, também foi atingida no pé ao passar pelo local. As três vítimas foram socorridas na UPA de Nova Contagem e não correm risco de morte, segundo o presidente da Associação Mineira dos Agentes e Servidores Prisionais (AMASP), Diemerson Souza.
O ataque foi próximo à portaria do presídio, quando os dois agentes chegaram para pegar plantão. Diemerson reclama da falta de segurança dos agentes penitenciários depois que o estado cortou o transporte especial para agentes, há cerca de um ano, e os funcionários tem que pegar outros coletivos com parentes de presos e até com detentos.
Secretaria alertou sobre ameaças do PCC contra agentes 4 dias antes
Os dois agentes penitenciários e uma criança que seguia para escola foram baleados elogo após o ocorrido passou a circular entre a categoria imagens de uma circular da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) alertando para ameaças feitas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
O documento, datado de 27 de outubro e com a assinatura da Superintendente de Segurança Prisional, traz orientações para todos os servidores de segurança. “Tem circulado nos meios eletrônicos um alerta das forças de segurança pública de Minas Gerais, sobre a possibilidade de atentados contra profissionais de segurança, em especial agentes penitenciários, planejados pela facção criminosa PCC”, começa o texto.
Por conta destas ameaças, a secretaria resolveu repassar as orientações para todas as unidades. Foi aconselhado que os agentes seguissem à risca a proibição do deslocamento uniformizado nos trajetos de ida e volta do trabalho; para evitar locais impróprios quando de folga; deslocar em grupos na chegada e saída dos presídios; também foi sugerido que eles procurassem uma rota alternativa nestes trajetos.
“Considerando o cenário atual de superlotação e baixo número de servidores, orientamos, ainda, que sejam tomados alguns cuidados nos procedimentos diários nas unidades prisionais”, continua a circular. Entre as medidas estão: redobrar a atenção durante todos os procedimentos internos e movimentação dos presos; orientar os agentes nas portarias, muralhas e nas escoltas sobre a possibilidade de atentados; buscar rotas alternativas nas escoltas externas.
Por fim, o texto pede que os diretores promovam a divulgação das orientações, proibindo, entretanto, a apresentação do documento e a veiculação nas redes sociais, “para evitar pânico junto a tropa”, finaliza.
Após atentado, agentes da Nelson Hungria cruzam os braços
Os agentes penitenciários que atuam no Complexo Penitenciário cruzaram os braços na entrada da unidade como protesto após o fato ocorrido.
De acordo com os manifestantes, eles reivindicam a carteira funcional de trabalho e, também, a prorrogação no contrato de agentes penitenciários demitidos. Segundo informações iniciais da Polícia Militar (PM), dois homens passaram em uma Saveiro vermelha, atirando na direção dos servidores prisionais.
A criança, que é filha de um ex-agente penitenciários, foi atingida no pé ao passar pelo local. As três vítimas foram socorridas na UPA de Nova Contagem e não correm risco de morte, segundo o presidente da Associação Mineira dos Agentes e Servidores Prisionais (AMASP), Diemerson Souza.
Da Redação com OT