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Lava Jato cumpre mandados de prisão contra doleiros em Minas Gerais

Uma fonte da Polícia Federal ouvida pela reportagem do portal O TEMPO afirmou que quatro pessoas foram presas em um desdobramento da operação Lava Jato, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (3) em Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima.

Foto: Alex de Jesus Foto: Alex de Jesus

Elas são investigadas por envolvimento em um esquema internacional de lavagem de dinheiro. A operação foi batizada de "Câmbio, Desligo" e, além de Minas Gerais, teve mandados de prisão, busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Brasília e também no exterior. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a operação conta com o apoio de autoridades uruguaias.

A reportagem confirmou que dois dos quatro investigados presos em Minas Gerais são: Camilo de Lelis Assunção e José Carlos Maia Saliba. De acordo com a fonte da PF, há provas que sustentam a prisão dos investigados na operação poque, segundo ela, "crimes financeiros deixam lastros eternos e as provas coletadas até aqui são irrefutáveis".

A operação "Câmbio, Desligo" tem o objetivo de desarticular um grandioso esquema de movimentação de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar-cabo, entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio.

Os policias federais cumpriram na manhã desta quinta mandados solicitados pelo MPF-RJ e expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, também do Rio.

No total foram 43 ordens de prisão preventiva no Brasil e seis de prisão preventiva no exterior, quatro de prisão temporária e 51 mandados de busca e apreensão.

Um desses mandados foi cumprido em um edifício na rua Mato Grosso, no Barro Preto, na região Centro-Sul de BH. A reportagem esteve no local durante a manhã e um porteiro do edifício garantiu que ninguém foi preso por lá. No primeiro andar, funciona uma loja de venda de tecidos e um estacionamento. O porteiro afirmou que os outros pisos estão vazios.

Delações

De acordo com o MPF, as investigações partiram da colaboração premiada dos doleiros Vinícius Claret, conhecido como Juca Bala, e Cláudio Barboza, conhecido como Tony ou Peter. Eles foram presos no dia 3 de março de 2017 no Uruguai e intermediavam operações dólar-cabo para os irmãos Chebar, também doleiros e operadores financeiros do esquema do ex-governador Sérgio Cabral.

Em colaboração premiada, Renato Chebar reconheceu que o volume de operação de compra de dólares aumentou consideravelmente a partir do início da gestão de Sérgio Cabral em 2007, motivo pelo qual foi necessário buscar os recursos de Juca e Tony para viabilizar as operações.

As investigações partiram da colaboração premiada dos doleiros Vinícius Claret, conhecido como Juca Bala, e Cláudio Barboza, conhecido como Tony ou Peter. Eles foram presos em 3 de março de 2017 no Uruguai e intermediavam operações dólar-cabo para os irmãos Chebar, também doleiros e operadores financeiros do esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Em colaboração premiada, Renato Chebar reconheceu que o volume de operação de compra de dólares aumentou consideravelmente a partir do início da gestão de Sérgio Cabral em 2007, motivo pelo qual foi necessário buscar os recursos de Juca e Tony para viabilizar as operações.

“Os colaboradores Juca e Tony funcionavam como verdadeira instituição financeira, fazendo a compensação de transações entre vários doleiros do Brasil, servindo como 'doleiros dos doleiros', indicando clientes que necessitavam dólares (compradores) e que necessitavam reais”, explicam os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, em nota publicada pelo MPF.

Junto com Dario Messer, dono de casas de câmbio, eles montaram uma complexa rede de câmbio paralelo sediada inicialmente no Brasil e, a partir de 2003, no Uruguai, de onde comandavam remotamente os negócios.

Os dois doleiros tinham um volume diário de operações nos anos de 2010 a 2016 de aproximadamente R$ 1 milhão. Para controlar as transações, os colaboradores desenvolveram um sistema informatizado próprio, de nome Bankdrop, no qual estão relacionadas mais de 3 mil offshores, com contas em 52 países, e transações que somam mais de 1,6 bilhão de dólares.

Mandados de prisão

Os mandados de prisão foram expedidos contra: Dario Messer, Diego Renzo Candolo, Daniela Figueiredo Neves Diniz, Marcelo Rzezinski, Roberto Rzezinski, Wu Yu Sheng, Claudia Mitiko Ebihara, Lígia Martins Lopes da Silva, Carlos Alberto Lopes Caetano, Sérgio Mizhray, Carlos Eduardo Caminha Garibe, Ernesto Matalon, Marco Ernest Matalon, Patrícia Matalon, Bella Kayreh Skinazi, Chaaya Moshrabi, Marcelo Fonseca de Camargo, Paulo Arruda, Roberta Prata Zvinakevicius, Francisco Araújo Costa Júnior, Afonso Fábio Barbosa Fernandes, Paulo Aramis Albernaz Cordeiro, Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro, Athos Robertos Albernaz Cordeiro, Suzana Marcon, Carmen Regina Albernaz Cordeiro, Cláudio Sá Garcia de Freitas, Ana Lúcia Sampaio Garcia de Freitas, Camilo de Lelis Assunção, José Carlos Maia Saliba, Alexandre de Souza Silva, Claudine Spiero, Michel Spiero, Richard Andrew de Mol Van Otterlloo, Raul Henrique Srour, Marco Antônio Cursini, Nei Seda, Renne Maurício Loeb, Alexander Monteiro Henrice, Henri Joseph Tabet, Alberto Cezar Lisnovetzky, Lino Mazza Filho, Carlos Alberto Braga de Castro, Rony Hamoui, Henrique Chueke, Wander Bergmann Vianna e Oswaldo Prado Sanches.

Também foram solicitados o sequestro e arresto de bens e valores no total de R$ 7,5 bilhões de reais para restituição dos valores movimentados ilicitamente (R$ 3,7 bilhões) e reparação de danos morais coletivos.

Com O Tempo



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