Um policial civil entrou em uma residência de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, matou uma mulher, duas filhas dela e se matou em seguida na madrugada desta terça-feira. As informações que constam no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar para o caso dão conta de que quando os militares chegaram na residência da Rua Sebastião Fernandes, no Bairro Monte Carlo, eles encontraram três mulheres caídas na sacada do segundo andar da casa já sem vida e um homem caído próximo aos estilhaços, com uma arma em punho. As vítimas são Luciana Carolina Petronilho, 40 anos, Nathalia Diovana Petronilho, 18, e Victoria Regina Graciane Petronilho, 15.
Paulo José de Oliveira, 40 anos, foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São Benedito e em seguida transferido ao Hospital João XXIII, onde faleceu por volta das 4h10. Junto com ele os militares acharam duas facas, um alicate e um documento de identificação xerox da Polícia Civil. Em contato com a central de operações policiais, a PM recebeu a informação de que Paulo estava preso desde 27 de julho do ano passado na Casa de Custódia da Polícia Civil, que fica no Bairro Horto, Leste de Belo Horizonte, e é exclusiva para ex-policiais presos.
TRIPLO ASSASSINATO – O dono da casa de Santa Luzia, onde ocorreu o crime, que consta na ocorrência como marido de Luciana, disse aos militares que estava dormindo e escutou um barulho semelhante ao arrombamento do portão. Logo depois ele já se deparou com o autor armado dentro de casa. Paulo determinou que o homem saísse de casa junto com outra mulher, que seria a terceira filha da vítima, de 22 anos, para que não morressem junto com as três mulheres.
Em seguida o policial civil foi na direção das três vítimas e atirou nas três, matando todas com disparos na região da cabeça, e depois se matou, atirando contra a própria cabeça.
A principal testemunha do crime ainda contou aos policiais militares que a motivação do triplo assassinato seria a condenação de Paulo José pelo crime de estupro praticado contra as duas jovens que foram assassinadas, filhas de Luciana. A perícia recolheu cinco cápsulas de munição .380 e outra bala intacta do mesmo calibre. Os peritos que atuaram no caso também encontraram em um dos quartos uma substância semelhantes a maconha, além de um triturador de drogas e um papel que seria usado para embalar substâncias entorpecentes.
Com Estado de Minas