Questionado sobre duas áreas de maior incidência de crimes na cidade, como o tráfico de drogas e homicídios, o delegado Osvaldo Wiermann, afirmou que são crimes que devem ser encarados de frente, com muita investigação, repressão qualificada com a prisão legal dos envolvidos, colocando- os à disposição da justiça. “Queremos desenvolver um trabalho integrado com a Polícia Militar, agentes e delegado para reduzirmos estes índices de criminalidade”, comentou.
Na carreira policial desde 1.986, tendo iniciado como escrivão na Delegacia de Furtos e Roubos de BH, o novo delegado regional não esconde que sua escola foi de certa operacionalidade, pelas suas atuações em delegacias, mas admite que no cargo atual terá que dividir o tempo. “O meu cargo atual é de administração a frente da regional, mas isso não impede que eu vá a campo acompanhar os meus policiais, sugerir, estar também junto das operações, porque se alguma coisa ocorrer terá que ser levado a mim, enquanto que se estiver presente o problema poderá ser resolvido de imediato. Estarei ombro a ombro com meus policiais na rua, tudo para combater a criminalidade” enfatizou Osvaldo Wiermann.
Corrupção
“A minha opinião, é a mesma que eu tenho quando é mostrada a corrupção em outras instituições importantes, ela tem que ser banida”. É a definição dada pelo delegado regional sobre a corrupção nos meios policiais. Segundo ele, no caso da Polícia Civil, todos os fatos são encaminhados para a Corregedoria da Polícia Civil. “Tem que ser uma denúncia consistente, mas com certeza não vamos assinar embaixo da corrupção, somos absolutamente contra esta atitude dentro da nossa instituição”, argumentou Osvaldo Wiermann. Ele ainda acrescenta que ás vezes até por causa de um mau atendimento no balcão da delegacia, numa vistoria de trânsito, já se faz uma imagem negativa dos demais policiais, e não costuma ser verdade. “No caso de uma corrupção em si, ela é pior, ela mancha toda e qualquer instituição, quer seja da Polícia Civil, Militar, Judiciário como temos visto na imprensa nacional e isso ocorrendo dentro da instituição que a gente faz parte é muito pior.” Não iremos tolerar esse tipo de ação”, reafirma.
Apoio Fundamental
“Para combater a criminalidade, o delegado Osvaldo Wiermann é taxativo quanto ao apoio do Ministério Público e Judiciário.” Já mantivemos contato com os promotores e juízes e se mostraram bastantes receptivos com a Polícia Civil. Vamos completar um ciclo, a Polícia Militar no seu trabalho ostensivo, fazemos o inquérito policial, o Ministério Público denunciar e a justiça julgar e assim darmos a resposta para a sociedade. “Fizemos ai um círculo virtuoso de trabalho, onde cada qual tem seu papel importante, pelo que eu reputo de enorme importância o trabalho do Ministério Público e do Judiciário ao lado da polícia”, prossegue.
O delegado regional manifestou ainda sua preocupação com relação à superlotação do Presídio, além de mais 600 que cumprem penas em regime domiciliar. “Muitos destes 600 estão sendo recolhidos por prática de outros crimes, é uma situação que estar por ser resolvida e com certeza gera certo impacto na criminalidade, uma vez que a pessoa não está entendendo o benefício que a Lei que está concedendo, que é a prisão domiciliar dando oportunidade para muitos refazerem suas vidas, e em muitos casos ela acabam voltando para o presídio”, explicou; Ele comemorou no entanto que medidas estão sendo tomadas para a construção de um albergue para o cumprimento de pena para os condenados em regime aberto e semi-abertos.
Sobre a cidade, o delegado disse que já a conhecia por ter alguns amigos, mas ainda não transferiu residência já que sua esposa trabalha e os dois filhos estudam na capital.