Treze pessoas foram presas, nesta quarta-feira (31), suspeitas de participação no tráfico de drogas. Doze delas estavam em Minas Gerais e uma em São Paulo. Segundo a corporação, ao todo, a Justiça expediu 22 mandados de prisão.
Entre os presos, está o chefe da quadrilha, que foi detido em casa, na cidade de Lagoa Santa, na Grande BH. Com ele, os policiais apreenderam um carro, uma caminhonete e uma máquina para fazer dinheiro falso.
A iniciativa realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O objetivo foi desarticular um esquema de tráfico interestadual de drogas operado desde o Mato Grosso do Sul e São Paulo até Minas Gerais, onde os entorpecentes eram distribuídos em Belo Horizonte, na Região Metropolitana e em diferentes cidades do interior mineiro. As investigações duraram 10 meses.
Dos mandados de prisão, 11 são cumpridos em Sete Lagoas, na Região central, um em Lagoa Santa e outro em Pedro Leopoldo, na Grande BH; um em Sertãozinho (SP); e cinco em estabelecimentos prisionais mineiros onde já estão recolhidos alguns dos investigados.
Já em relação aos mandados de busca e apreensão, são 16 em Sete Lagoas, um em Lagoa Santa, um em Pedro Leopoldo, um em Coronel Fabriciano, um em Santana do Pirapama e um em Sertãozinho (SP).
O esquema
Segundo o Gaeco, o esquema era liderado pelo suspeito Flávio de Souza Rocha que contava com auxílio de vários criminosos para viabilizar a prática em razão da extensa área de atuação do grupo, estruturado hierarquicamente e com divisão de tarefas.
Conforme levantamentos, ele atuava há vários anos em Minas Gerais, a partir da cidade de Lagoa Santa, onde chegou a ser investigado em diversas operações policiais entre 2012 e 2017. No entanto, à época, não houve elemento suficiente para responsabilizá-lo criminalmente, possivelmente em razão do aprimorado modo de atuação.
Durante as investigações, houve a prisão de alguns dos envolvidos e apreensão de grande quantidade de drogas que era movimentada pela associação criminosa – aproximadamente 130 kg cocaína na forma de pasta base e crack, além de 250 kg de maconha.
Vídeos e fotos produzidos pelos próprios integrantes do grupo criminoso e que agora estão com o Gaeco demonstram a forma de atuação da organização. Os entorpecentes eram enterrados dentro de tambores em locais de difícil acesso e improvável localização pela polícia. As imagens revelam também que os entorpecentes recebidos eram preparados em um laboratório improvisado para posterior distribuição.
Procurado pela reportagem, o advogado de Flávio de Souza Rocha disse que ainda não teve acesso aos autos.
Com G1 MG