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Segundo boletim de ocorrência, homem atira em portão, invade residência e furta cachorro em Sete Lagoas

Na tarde dessa quinta-feira (27), um homem identificado como G. F. C. B. (34), foi preso pela Polícia Militar (PM), acusado de realizar disparos de arma de fogo contra o portão da residência de L. H. L. R. (30) e L. A. M. R. (43), localizada no bairro Santa Felicidade, em Sete Lagoas.

Os crimes aconteceram em uma casa localizada na rua Rua João Batista Fernandino./ Foto: Google MapsOs crimes aconteceram em uma casa localizada na rua Rua João Batista Fernandino./ Foto: Google Maps

De acordo com o boletim de ocorrência, G. F. acionou inicialmente a Polícia Militar (PM) e disse ter ido à casa dos homens citados para recuperar seu animal, uma cadela da raça Bulldog Americano, que havia sumido no dia 7. Ele contou aos policiais que tomou conhecimento de que o cão estaria no local, por isso decidiu conferir. Lá, ele confirmou a presença do animal, empurrou o portão para que ele saísse e foi embora.

Ainda segundo informações passadas por G. F.  e contidas no boletim, depois do ocorrido, L. A. e L. H. estiveram em sua residência, questionando-o sobre ele ter feito disparos contra o portão da casa deles, além de tê-lo retirado dos trilhos. Neste momento, teria havido trocas de xingamentos e os dois homens teriam saído do local.

L. A. disse à PM que G. F. esteve em seu comércio por diversas vezes procurando pela cadela, mas ele informou não saber do paradeiro da mesma. No entanto, no dia da ocorrência, ele alegou ter avistado o animal na rua e pediu que L. H. o pegasse e levasse até o dono. Contudo, no momento, este não estaria em casa. Sendo assim, ele levou o cão até a própria residência para que pudesse entregá-lo mais tarde.

Contudo, L. A. ainda disse que posteriormente naquele dia, ficou sabendo que G. F. teria ido até o seu endereço, tendo efetuado os disparos, removido o portão do lugar e levado a cadela. Com isso, L. H. alega ter ido até a casa do homem para questionar sobre o ocorrido, mas que foi recebido por ele em estado de descontrole, em posse de uma arma e fazendo ameaças para que fosse embora.

Ele então retornou para casa, no bairro Cidade de Deus, e também acionou a PM, indo na companhia dos policiais até onde ele havia deixado a cadela. No local, os militares constataram que o portão estava fora dos trilhos e que nele havia quatro marcas que aparentavam ser de tiros. Diante da materialidade das alegações, o rapaz foi instruído a permanecer no local para que perícia técnica fosse chamada.

Os policiais então partiram para a casa de G. F.. Ele recontou a sua versão dos fatos, mas, segundo o boletim, o fez de forma diferente da relatada anteriormente.  O homem negou possuir arma de fogo e consentiu que os militares realizassem busca em sua residência. Contudo, o objeto não foi achado. No local, a polícia apenas encontrou três papagaios, dos quais ele não possuía autorização para manter em guarda. As aves, então, foram apreendidas e encaminhadas para a sede do 5º Batalhão de Polícia Militar de Meio Ambiente.

G. F. recebeu voz de prisão e foi levado para a delegacia e seu aparelho celular foi apreendido.

Outra versão da história

Após a publicação dessa reportagem, G. F. C. B., homem acusado de ter atirado contra o portão dos dois homens, entrou em contato com a redação do SeteLagoas.com.br e relatou que os fatos aconteceram de forma diferente da que foi divulgada pela polícia. Segundo o que disse, o animal está sob seus cuidados desde que era filhote.

Segundo G., a cadela foi recuperada com machucados pelo corpo./ Foto: Arquivo pessoalSegundo G., a cadela foi recuperada com machucados pelo corpo./ Foto: Arquivo pessoal

O homem escreveu uma nota em que conta a sua versão dos fatos. Confira abaixo.

"Venho através deste esclarecer ou dar minha versão dos fatos citados em meu nome (G. F. C. B.), e publicados na referente reportagem baseada nos dados fornecidos pela Polícia Militar, o que não consta é que: o meu cachorro que foi subtraído no dia 07/06/2019, fêmea da raça Bulldog Americano, criada por mim desde filhote.

Saí à busca de meu pet por vários dias, indo atrás de toda informação transmitida, até que fiquei sabendo no domingo, dia 23/06, quem estava com ela, onde eu só precisava saber o local exato onde estava sendo mantida. 

Na segunda feira 24/06, comprei água mineral e pedi ao suspeito que entregasse em minha residência, suspeito esse que sabia da existência do meu cachorro, já teve contato várias vezes e sabia que era dócil devido a minha criação e de raça pura. Com isso, descobri a rua em que o rapaz morava, que ele estava andando armado, pois roubaram sua residência havia alguns dias, só faltava saber exatamente qual era a casa. Na quarta feira, dia 26/06, soube com exatidão onde era, pois vi o sujeito entrar à noite, não parei, pois sabia que estava armado.

Na quinta feira, dia 27/06, fui até a residência no período da tarde, às 15h50, chamei e não fui atendido, tirei uma foto por cima do portão e ao puxar o zoom confirmei que meu animal estava lá, com sinais de MAUS-TRATOS. Olhei ao lado e vi portão entreaberto, com isso chamei meu animal, empurrei o portão o suficiente para que ela saísse e peguei meu animal, voltei o portão ao lugar em que estava e fui embora. 

Pouco tempo depois, os dois homens citados na reportagem como VÍTIMAS foram armados até minha residência, chamaram, e quando abri o portão o mais velho (pai) veio para cima de mim onde fechei o portão e chamei minha vizinha para testemunhar enquanto o filho estava empunhando uma arma logo atrás e ambos me acusando de atirar contra o portão da casa deles. Com isso liguei imediatamente para a polícia e pedi o auxílio para apaziguar. Com a vinda da polícia, contei o ocorrido desde o início e então foram ao encontro dos dois homens que vieram tentar me ameaçar na porta da minha casa.

Com a volta da polícia, senti que algo havia mudado, os policiais começaram a me tratar como culpado como se eu tivesse arma em casa e tiraram de minha mão meu celular com o papo de saber se o mesmo não era roubado, mesmo tendo em casa a nota fiscal e caixa. Convidei os mesmos a entrarem e procurar, não encontraram nada além das minhas aves, que estavam soltas e dormindo, pois deixo elas soltas o dia todo.

Neste mesmo dia fui conduzido até a delegacia da Polícia Civil onde prestei depoimento e fui embora. Em momento algum fui algemado, embora me passaram com suspeito. 

No mais, MINHA cadela está bem e comigo, além de todos os ferimentos e maus-tratos, inclusive sem uma unha na mão direita, estou buscando com os devidos órgãos competentes a volta de minhas aves". 

Da Redação



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