Com apenas 25 anos, o suspeito de assassinar uma menina a facadas na porta de uma escola em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, possui vários registros de delitos e crimes na Polícia Militar. Tráfico e uso de drogas, ameaça e furtos são alguns dos registros contra ele.
Aos agentes, o jovem alegou ter escutado um ‘chamado de entidades’, que dissessem a ele para matar uma criança. Assim, ele seguiu em direção à rua próxima à escola e, três dias após seu aniversário de 25 anos, matou a menina de 5 anos com facadas. Segundo a Polícia Militar, o jovem apresenta quadro clínico de esquizofrenia.
Inicialmente, a Polícia Militar informou que, no momento do crime na manhã desta quarta-feira (30), ele era monitorado pelo sistema prisional através de uma tornozeleira eletrônica presa à perna. Entretanto, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o jovem usou o equipamento apenas no período entre agosto e setembro deste ano, quando uma determinação da Justiça revogou o controle eletrônico e ele, então, deixou o uso da tornozeleira.
São, pelo menos, sete ocorrências a respeito de crimes ou situações de violências nas quais ele estaria envolvido. Os primeiros registros datam, ainda, de 2014 – à época, ele tinha 19 anos, e em muitos há detalhes sobre consumo de drogas, entre elas crack. Ainda naquele ano, começaram as primeiras ocorrências de furto. Ao todo, são três delas e uma quarta de natureza semelhante, posto que ele teria participado de um roubo.
Um dos registros mais sérios foi feito pela ex-namorada do suspeito, em 2017. À época, a mulher o denunciou por ele não aceitar o término do relacionamento e ameaçá-la de morte. No ano seguinte, a própria mãe alegou à polícia que o filho teria agido com violência durante um ataque de abstinência por falta de consumir drogas.
No último mês do ano passado, o rapaz foi preso por tráfico e uso de drogas em Betim. Com ele, a polícia registrou ter encontrado pedras de crack, além de certa quantia em dinheiro e maconha escondidas em sua cueca e, por isso, ele recebeu voz de prisão. As ocorrências se dividem entre Betim e Carlos Chagas, município no Vale do Mucuri onde ele nasceu.
Com O Tempo