A Polícia Civil desarticulou, nessa quarta-feira (30), um esquema em que uma quadrilha adulterava e comercializava, ilegalmente, medicamentos de venda proibida. Alguns deles seriam destinados à rede pública de Poté (MG) e Coronel Fabriciano (MG). Um bombeiro militar era o responsável pela venda dos remédios adulterados a farmácias de Minas Gerais e também do Espírito Santo.
Foram apreendidos em um depósito de Governador Valadares (MG), diversos lotes de remédios desviados e, também, adquiridos em uma distribuidora. Os dois locais foram interditados pela Vigilância Sanitária.
De acordo com o delegado Cleriston Lopes, a delegacia antidrogas já estava recebendo diversas denúncias de venda de medicamentos ilegais há um mês. “A partir das suspeitas, nós passamos a investigar a situação. A primeira pessoa presa foi um entregador, que nos apontou o bombeiro militar, responsável pela encomenda ilegal dos remédios em uma distribuidora de Governador Valadares e venda deles. Em seguida, foi identificado o depósito onde estavam armazenados todos os medicamentos e onde funcionava um laboratório de adulteração das embalagens”. O delegado disse ainda que a distribuidora é legalizada junto à prefeitura.
Informações como “venda proibida”, data de validade, e tarjas que indicavam o vínculo dos produtos com o poder público eram alteradas ou apagadas, para depois serem comercializados.
Um dos lotes que chamou a atenção dos policiais, foi um destinado à Prefeitura de Coronel Fabriciano. O município informou que abrirá procedimento para investigar o fato, e que os medicamentos são adquiridos somente por meio de licitação ou ata de registro de preços, cumprindo, portanto, todas as exigências. O G1 não conseguiu contato com a Prefeitura de Poté.
A Polícia Civil vai investigar como funcionava o esquema e os desvios dos lotes públicos. A quantidade de medicamentos apreendidos ainda não foi contabilizada. Os envolvidos foram encaminhados à delegacia de Governador Valadares e poderão responder por adulteração, falsificação e comercialização de medicamentos sem regulamentação, além de tráfico de drogas. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.
Com G1