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PM que matou e enviou fotos de corpo da namorada pelo WhatsApp é preso

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu, nesta quinta-feira (14), mandado de prisão preventiva contra o sargento da PM (Polícia Militar) suspeito de matar a namorada em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Fotos do corpo da vítima, que tinha 23 anos, foram enviadas pelo homem para contatos dela por meio do WhatsApp.

Jovem foi assassinada com três tiros pelo policial, que já está preso/Foto: Arquivo pessoalJovem foi assassinada com três tiros pelo policial, que já está preso/Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a corporação, investigadores colheram todos os elementos necessários para o indiciamento do policial, que responderá pelo crime de feminicídio. A pena prevista para o crime é de 12 a 30 anos de prisão.

A vítima havia sido encontrada morta no dia 4 de novembro, no bairro Gávea, em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde morava. Ela estava deitada na cama já sem vida. Posteriormente, laudos periciais confirmaram que a mulher sofreu três tiros de arma de fogo nas regiões da nuca, cabeça e peito.

O sargento, que se apresentou primeiramente ao 16º Batalhão da Polícia Militar e depois foi transferido para a Delegacia de Homicídios em Vespasiano, reservou-se ao direito de ficar em silêncio e não colaborou com as investigações. A arma do crime também, até o momento, não foi encontrada.

Contudo, conforme explicou o delegado responsável pelo inquérito, Maycon Guimarães, provas testemunhais e materiais indicam a provável motivação do crime. “Inicialmente obtivemos o conteúdo das mensagens do suspeito que estavam no celular da vítima, que eram transmitidas para amigos e colegas de trabalho dela. Por essas mensagens foi possível averiguar que a razão do crime seria a separação do casal e supostas traições que o policial acusava a mulher”, disse.

No curso das investigações, foram ouvidos familiares e amigos da vítima que confirmaram a relação instável e conturbada do casal. Até mesmo a filha do casal adiantou à polícia que também percebia as ameaças. “Apesar de todas as provas substanciais, o suspeito se manteve calado e mantendo uma postura fria”, frisou o delegado.

Dois dias depois do crime, o suspeito se apresentou na Delegacia de Plantão, como estratégia de defesa para não ficar preso imediatamente, uma vez que o estado de flagrante já havia postergado. Entretanto, em uma investigação rápida, a Polícia Civil conseguiu pelo Poder Judiciário a decretação do mandado de prisão temporária.

Guimarães alerta as mulheres que convivam com situações semelhantes que denunciem companheiros agressivos ao primeiro sinal. “É muito importante que as mulheres, ao menor sinal de agressividade por parte de seus companheiros, registrem imediatamente a ocorrência para garantir as medidas protetivas necessárias para que não se chegue a um feminicídio”, destacou.

Da Redação com BH



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