O motorista de um ônibus clandestino decidiu fugir na noite dessa segunda-feira (12) após receber uma ordem de parada na Via Expressa em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito só interrompeu a fuga cerca de 60 quilômetros depois, parando apenas na cidade de Sete Lagoas na região Central de Minas Gerais. O homem acabou detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que constatou que a carteira dele está inválida há cerca de quatro anos – o vencimento aconteceu em 2016.
Além da Agência nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela operação que apreendeu o ônibus ilegal, participaram também da perseguição a PRF e a Guarda Municipal de Sete Lagoas. O veículo clandestino tinha saído de São Paulo e viajava com destino a Pernambuco. Após receber ordem de parada na Via Expressa, o motorista recusou-se a estacionar o ônibus e seguiu pela BR-040 desobedecendo todas as outras ordens dadas no trajeto. O homem poderá receber uma multa de R$ 7.500 apenas por transporte clandestino, sem mencionar as demais infrações cometidas. O ônibus foi encaminhado a um pátio credenciado à ANTT.
Este é apenas um entre 13 veículos de transporte clandestinos apreendidos na região metropolitana de Belo Horizonte entre sexta-feira (9) e esta manhã de terça-feira (13). A maior parte deles, de acordo com a ANTT, viajava de estados do Nordeste com destino a São Paulo. Cerca de 400 passageiros interromperam seus trajetos após as abordagens as estes ônibus. Os suspeitos receberam autuações que totalizam cerca de R$ 260 mil pelas infrações cometidas. As apreensões integram a operação “Pascal”, uma movimentação da agência para combate ao transporte clandestino em todo o país.
Contando do início do ano até este mês de outubro, a operação já foi responsável por apreender 867 ônibus ilegais no Brasil, sendo 55 apenas entre sábado (10) e domingo (11). Em nota encaminhada à reportagem, a ANTT declarou que estas apreensões geraram um prejuízo superior a R$ 10 milhões para o transporte clandestino entre estados. “Via de regra, no transporte clandestino os motoristas não possuem treinamento, cumprem jornadas exaustivas de trabalho e os veículos são precários, geralmente apresentando péssimo estado de conservação e manutenção, o que aumenta em quatro vezes a letalidade dos acidentes envolvendo esse tipo de transporte”, esclareceu.
Com O Tempo