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Acusado de matar a mulher, prisão do promotor André de Pinho é decretada

Foi decretada às 23h59 desta segunda-feira (3) a prisão preventiva do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, de 51 anos , acusado na última-sexta (30) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de ter matado asfixiada e dopada a esposa Lorenza Maria de Pinho, de 41. O crime ocorreu no dia 2 de abril, no apartamento onde o casal (foto) morava com a família, no bairro Buritis, região Oeste da capital.

Foto: Reprodução redes sociaisFoto: Reprodução redes sociais

Pinho estava preso temporariamente na Academia de Bombeiros Militar, no bairro São Luiz, na região da Pampulha, desde o dia 4 de abril. A prisão iria durar até essa segunda-feira, ou seja, conforme a lei, assim que o relógio marcasse 0h, ele poderia deixar o cárcere, o que não aconteceu.

A prisão preventiva – aquela sem data prevista de término – foi assinada pelo desembargador de plantão Marcílio Eustáquio Santos. A notícia foi dada justamente às 0h pelo procurador-geral de justiça Jarbas Soares Júnior, que usou sua conta no Twitter. “Atendendo a pedido do Ministério Público, o eminente desembargador de plantão Marcílio Eustáquio Santos acaba de decretar a prisão preventiva do Promotor de Justiça, André Luís Garcia de Pinho, que foi acusado de feminicídio de Lorenza de Pinho, sua esposa. Aguardamos os trâmites legais”, afirmou.

A solicitação de transformar a prisão temporária em preventiva, se deu na última sexta-feira (30) a pedido de Júnior, responsável por acompanhar e apurar o caso de feminicídio.

Estranho

Na saída da Academia, o advogado de Pinho, Robson Lucas disse à reportagem que estranhou a decisão, já que o magistrado que assinou o documento foi um de plantão, não o que já estava analisando o caso. "Em meus 30 anos de advocacia, eu nunca vi isso. O processo que foi gerado de prisão preventiva com a denúncia foi distribuído no Tribunal de Justiça no dia 30 e foi para despacho do desembargador Antônio Carlos Cruvinel. Esses autos estão com ele", disse.

"E o que foi feito: Entraram agora no plantão judiciário, noturno, com certamente cópias desse processo, e o desembargador plantonista deu a prisão preventiva. Isso eu pude apurar a partir das informações que eu recebi da Polícia Penal", completou o advogado.

"Na decisão do relator, ele informa que o MP relatou para ele que os autos não teriam chegado a tempo ao desembargador relator, que é o Cruvinel. Só que nós acompanhamos esse processo o dia inteiro. Se ele, com os autos, não decidiu ainda, ele que tem competência legal para tratar desse processo", explicou.

Agora, a defesa deverá entrar com o pedido de soltura. “Vou analisar e estudar os fundamentos do pedido da prisão preventiva para estudar a possibilidade de um habeas corpus. Tinha a certeza que André seria liberado, vim até ao batalhão para buscá-lo. Já era quase meia-noite e o pedido não havia sido expedido. Nos 44 minutos do segundo tempo foi decretada a preventiva”, contou.

À nossa reportagem, o pai de Lorenza, o aviador aposentado, Marco Aurélio Silva, de 73 anos, disse que aguardou ansioso e esta é a primeira vitória. “Essa foi a primeira vitória. Quero ver o assassino da minha filha pegar pena máxima, 30 anos de cadeia no mínimo”, desabafou.

Com O Tempo



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