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Templo espírita no bairro Aeroporto sofre ataques de intolerância religiosa

Casos de intolerância religiosa continuam acontecendo em Sete Lagoas e assustando os adeptos das religiões de matriz africana. Prova disso são os ataques contra o terreiro de candomblé Ilê Asé T’Nanã, localizado no bairro Aeroporto de forma constante, geralmente às segundas-feiras, como relatou a Zeladora de Orixá – Yalorixá Cintia T’Nanã.

Foto: ReproduçãoFoto: Reprodução

“O que tem ocorrido em minha casa, são ataques de atos de preconceito religioso, onde os vizinhos jogam pedras no meu telhado e a polícia vem alegando que eles reclamam do barulho do atabaque e pede que toquemos mais baixo. O horário dos ataques é entre 07h e 08h30 da noite. Isso acontece toda segunda-feira, há quatro semanas seguidas. Estamos vivendo um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana. Vem a ser apavorante, pelo fato do templo ter idosos e crianças. Os vizinhos jogam sem sequer pensar se vai machucar fisicamente alguém, porque sentimentalmente já feriram! É triste e lamentável o que nós estamos vivendo, pois a intolerância religiosa é um ato visível de pessoas sem amor ao próximo. Sem compaixão”, lamenta a Yalorixá Cintia T’Nanã.

Os buracos no telhado foram feitor por pedras que são jogadas no terreiro pelos vizinhos, que agora acionam a polícia para que interrompa as celebrações, como se fossem um ato criminoso, sem qualquer motivo. De acordo com Cíntia, a própria polícia, ao atender a chamados dos vizinhos, já afirmou que o barulho do atabaque não estava atrapalhando.

Vale ressaltar que o Brasil é um país laico, o direito à liberdade de culto e crença é assegurado pelo artigo 5° da Constituição Brasileira e intolerância religiosa é crime e deve ser denunciado.

Aqui cabe o questionamento: será que o preconceito seria o mesmo se as religiões não fossem de origem africana?

Cientes da situação, a Associação da Resistência Afro Brasileira Centro Espírita de Umbanda Pai Oxalá Sete Lagoas – ARACEUPO – Lucas Paiva, está tomando todas as medidas cabíveis, acionando inclusive o Ministério Público e órgãos de proteção, para defender o terreiro e todos os adeptos do templo religioso, contra esses ataques.

Com Portal Sete



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