Um homem, de 29 anos, foi esfaqueado dentro de um ônibus no bairro Pompeia, Região Leste de Belo Horizonte, na noite dessa terça-feira (13).
De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima estava retornando para casa na linha 9208, que liga os bairros Taquaril e Santa Efigênia, quando a confusão começou.
Testemunhas disseram que o fiscal que trabalha com o intuito de impedir que pessoas usem o transporte público sem pagar teria brigado com a vítima por conta do pagamento.
E que em determinado momento, o fiscal identificado apenas como Harley teria usado uma facada e golpeado as costas do passageiro.
“Meu filho ainda foi chamado de negro. Que mundo nós estamos? Nós temos o direito e ir e vir, e meu filho tava voltando do trabalho,” disse Luz Divina, mãe da vítima.
O suspeito fugiu depois da facada e a vítima foi encaminhada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A unidade não divulga sobre o estado de saúde dos pacientes.
A vítima alega que entrou no ônibus e como ele estava muito cheio, passou o cartão mas ficou na parte da frente do veículo.
O homem disse que o fiscal queria que ele fosse para a parte traseira e, por isso, os dois brigaram.
O passageiro, que tem quadro estável, relatou que durante a discussão foi atingido nas costas por uma faca.
A PM afirmou que vai procurar o dono da empresa do fiscal.
A Polícia Civil investiga o caso.
O que diz o Setra
“O SetraBH lamenta a ocorrência de ontem envolvendo um fiscal e um passageiro e ressalta que não compactua com nenhum tipo de violência e porte arma com seus trabalhadores.
Informa que o desentendimento teve início por causa de um pedido do fiscal para que o passageiro pagasse a passagem e passasse pela roleta e terminou com a briga entre os dois, já fora do ônibus.
Outros dois fiscais, que acompanhavam a fiscalização, chamaram a PMMG e o SAMU, que prestou o primeiro atendimento no local e em seguida fez o traslado do ferido até o Pronto Socorro.
A empresa está acompanhando o caso para prestar toda assistência necessária a família. Ela informa que já identificou o funcionário, que será chamado pelo setor de Recursos Humanos que irá avaliar todo o caso e tomar as medidas necessárias.
As imagens gravadas pelo sistema de monitoramento estão à disposição das Forças de Segurança.”
Com g1
