A vítima, de 21 anos, relatou aos policiais que, percebendo que não teria força para resistir ao suspeito, decidiu ficar “inerte” na tentativa de acabar com o ataque o mais rápido possível.
O supeito de 25 anos, identificado como advogado, foi detido sob acusação de estupro de vulnerável na última quarta-feira (22 de fevereiro). Ele teria convidado uma jovem de 21 anos, que possui deficiência parcial e é considerada pessoa com capacidade reduzida, para ir até seu apartamento na região Centro-Sul de BH com o pretexto de jogar videogame. A vítima, que havia ido ao cinema com o suspeito anteriormente, relatou que tentou impedir o ataque, mas acabou ficando “inerte” para que a situação pudesse ser encerrada o mais rápido possível.
De acordo com informações da polícia, a irmã da jovem foi quem acionou a Polícia Militar (PM), enquanto acompanhava a vítima no Hospital Odete Valadares. Na ocasião, ela revelou que a irmã sofria de atraso no desenvolvimento mental, que foi causado por conta de problemas ocorridos durante o parto. A irmã ainda relatou que um conhecido teria se aproveitado das dificuldades cognitivas e de tomada de decisão da vítima para estuprá-la.
Segundo a PM, a jovem é acompanhada semanalmente por um psicólogo e trimestralmente por um psiquiatra, e seus familiares apresentaram documentos e exames que comprovam sua vulnerabilidade.
De acordo com o relato da vitima à polícia, o suspeito a chamou para ir ao cinema e, em seguida, para jogar videogame em seu apartamento. Na sala, ele teria feito carícias e tentado forçar a relação sexual.
Depois, levou a vítima para o quarto, ignorando seus pedidos para parar, e forçou a ter relação sexual com ele. A vítima tentou resistir, mas acabou ficando inerte para que a situação terminasse logo.
O suspeito alegou que foi consensual
O suspeito afirmou que o ato sexual foi consensual, mas foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. De acordo com sua versão para a polícia, ele alegou ter levado a jovem para o cinema e depois para jogar videogame em seu apartamento, onde teriam trocado carícias mútuas e tido relações sexuais.
O advogado afirmou que a vítima só pediu para parar quando sentiu dor e que pediu para ele usar camisinha. No entanto, os médicos colheram o material biológico que poderá comprovar o estupro.
A OAB-MG foi acionada, mas não foi encontrada para acompanhar a prisão do suspeito.
Da redação, Djhessica Monteiro.
Fonte: O Tempo.