Um fotógrafo de 34 anos foi detido pela Polícia Civil, suspeito de armazenar e compartilhar conteúdo de pornografia infantil em Minas Gerais. As autoridades afirmam que o indivíduo realizava sessões de fotos com crianças. A prisão ocorreu em Bambuí, na Região Centro-Oeste do estado, em 10 de outubro. Notavelmente, a enteada do suspeito, com apenas 2 anos de idade, foi identificada como uma das vítimas. Essas informações foram divulgadas em Belo Horizonte nesta segunda-feira, 16 de outubro.
De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que o fotógrafo esteja associado a uma rede de pedofilia. As investigações tiveram início cerca de dois meses atrás, a cargo da Delegacia de Crimes Cibernéticos.
No momento da prisão, o suspeito tentou evitar a entrada dos policiais fechando a porta de seu estúdio e arremessou seu celular em um terreno vizinho. Entretanto, o aparelho foi recuperado, e também foram apreendidos um cartão de memória, câmeras fotográficas e um computador.
A Polícia Civil esclareceu que as investigações não foram desencadeadas por uma denúncia anônima. A delegada Cristiana Angelin, do setor de inteligência, destacou que já havia observado manipulações de fotos e compartilhamentos suspeitos.
A delegada Marcelle Bacellar informou que as imagens estão sob análise pericial. “Ele pode ser indiciado por compartilhamento e armazenamento de fotos envolvendo crianças nuas”, afirmou Bacellar. Com base nessas apurações, o suspeito também pode ser acusado de estupro de vulnerável, já que a investigação sugere que ele teria abusado da enteada. As penas combinadas podem resultar em até 15 anos de prisão.
Ressalta-se que o suspeito é reincidente, uma vez que em 2013 foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão pelo mesmo crime de pedofilia, porém cumpriu apenas um ano e três meses da pena.
A Polícia informou que após a prisão do suspeito, mães de crianças que foram fotografadas por ele entraram em contato com as autoridades. As delegadas ressaltaram, no entanto, que o fato de o suspeito ter fotografado as crianças não implica necessariamente que elas tenham sido vítimas de abuso. Elas aconselharam que as famílias conversem com seus filhos e, caso percebam algo suspeito, que entrem em contato com a polícia.
Da redação
Fonte: PCMG