Cinco criminosos considerados de alta periculosidade estão foragidos em Minas Gerais após não retornarem para as unidades prisionais no fim da ‘saidinha’ de Natal e Ano Novo.
De acordo com a major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar, os homens estão ligados a facções e são envolvidos com homicídios, tráfico internacional de drogas e roubos a banco.
“São presos que têm um histórico de agressividade e de crimes mais violentos, além da questão das facções. Nós consideramos que eles são prioritários e que realmente apresentam um risco maior”, afirma a major Layla Brunella.
Ao todo, a corporação recuperou, até o momento, 81 dos 118 detentos que receberam o benefício no fim do ano e que não haviam retornado para a prisão, o que equivale a 69%. Quatro dos foragidos foram recuperados nas últimas 24 horas. A ação de busca pelos criminosos recebeu o nome de “Escudo” e continua até que os 37 restantes sejam encontrados.
Nas saídas temporárias de Natal e Ano Novo, 4.158 presos receberam na Justiça o direito de deixar a unidade prisional, conforme informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O tema voltou à tona após o assassinato do sargento Roger Dias da Cunha (29 anos), que foi baleado na cabeça, à queima-roupa, por um detento que teve direito ao benefício.
As “saidinhas” são concedidas durante o cumprimento da pena. Conforme a lei, detentos em regime semiaberto têm direito a quatro saídas por ano, de sete dias cada. De acordo com o Poder Judiciário, esse recurso é usado como forma de ressocialização dos presos.
Em uma dessas saídas, um detento que tem residência em Sete Lagoas foi executado na porta de uma penitenciária em São Joaquim de Bicas, nesta semana.
Da redação com O Tempo