Um dos principais traficantes de Minas Gerais, Carlos Alexandre da Silva Juscelino, conhecido como Nem Sem Terra, foi assassinado com oito tiros em Patrocínio, no Alto Paranaíba, um dia após receber uma tornozeleira eletrônica e uma semana após progredir para o regime semiaberto.
Ele liderou o tráfico de drogas na favela Morro das Pedras e estava ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), mas, aparentemente, havia abandonado o crime para se tornar religioso e mudar de vida. A investigação sobre sua morte está em andamento, e até agora ninguém foi preso.
O homicídio ocorreu na casa de Nem Sem Terra, onde morava com sua esposa, no Bairro Santa Terezinha, por volta das 22h. Testemunhas relataram que dois homens, aparentando ser da polícia, chegaram à residência, e um deles afirmou que estavam lá para fiscalizar as medidas impostas pela Justiça ao traficante. Quando Nem Sem Terra apareceu, os homens abriram fogo, deixando-o gravemente ferido. Ele foi socorrido, mas já estava morto quando os paramédicos chegaram.
A Polícia Militar está analisando gravações de câmeras de segurança e um veículo suspeito, um VolksWagen UP, que estava estacionado nas proximidades durante o crime. Nem Sem Terra, que já estava preso desde janeiro de 2005, foi condenado por diversos crimes, incluindo homicídios e envolvimento com o tráfico de drogas. Sua captura ocorreu após ele buscar ajuda médica para um ferimento no ombro, sofrido durante um tiroteio entre grupos rivais na região da Pedreira Prado Lopes, em Betim.
da redação com informações do EM