Antes mesmo de os projetos irem a plenário, os vereadores da cidade já discutiam as “melhorias” do texto apresentado pelo Executivo. De antemão, o vereador Caio Dutra explicou que o projeto enviado à Casa tinha alguns pontos incoerentes e também alguns aspectos que haviam retrocedido.
Se por um lado os professores estavam divididos quanto a execução do projeto, de outro os vereadores também demonstravam insatisfação quanto ao texto final. Marcelo da Cooperseltta relatou que a proposta está longe de permanecer perfeita, mas que nessa segunda-feira, após se reunir com o prefeito, teve a constatação de que o assunto não avançaria. “O prefeito foi claro ao me dizer que o projeto está no limite e que não vai mais alterar em nada a proposta”, relatou Marcelo.
Quem também aproveitou a oportunidade de anunciar um projeto foi o também vereador Marcelo Lico, que pretende fazer lei uma proposta que libera o trabalhador de ir ao seu serviço no dia do seu aniversário. “Eu entendo que nesse dia a pessoa tem que comemorar junto com as pessoas que ama, com os entes queridos e não trabalhando”, comenta.
Professora há 20 anos, Jaqueline França afirma que o Sindicato da Educação em Sete Lagoas está com uma postura errada de não querer a votação do projeto. “Eu não me sinto representada pelo Sind-Ute. Eles estão tentando travar a greve para obedecer as diretrizes estaduais. Isso é muito prejudicial pra gente, por isso eu quero que a proposta seja sim aprovada”, reforça.
Revoltada, Lizia Oliveira disse que foi diretamente prejudicada, pois terá um reajuste de apenas 5%. “Isso é uma vergonha, essa cidade não valoriza a educação e é por isso que as pessoas são assim, desenformadas”, desabafa.