A reunião desta terça da Câmara Municipal de Sete Lagoas foi marcada pela discussão em torno de um Projeto de Lei do Executivo, referente a extensão da carga horária de servidores municipais.
Conforme informado, o projeto prevê que os servidores que tenham carga horária de menos de 40 horas semanais, possam, por meio de um acordo assinado entre o município e o trabalhador, estender a carga horária a até 40h, aumentando seu salário.
Em plenário, a representante do Sind-Ute, Simone França informou que até o momento pouco foi falado sobre a matéria e que isso tem gerado especulações sobre o real benefício do projeto. “A gente quer saber como vai funcionar na prática, se vai ter 13° proporcional e como isso vai ser calculado. Por isso acreditamos que o projeto deve ser melhor avaliado”, informa.
Quem também esteve presente na reunião foi o presidente do Sindágua, Hugo Lyra, que afirmou que o projeto não está acessível aos servidores e que com isso, pode dar margem a uma exploração indevida da mão de obra dos trabalhadores da cidade. “Queremos saber como vai funcionar essa alteração, porque ninguém aqui quer trabalhar mais, receber pouco e ficar sem os benefícios”, pontua.
O projeto que seria apreciado hoje teve o chamado pedido de “vista”, proposto pelo vereador Marcelo da Cooperseltta. A ação regou indignação do também vereador Caio Dutra, que aproveitou a oportunidade para mencionar o desconhecimento dos colegas em relação ao texto, em especial do vereador Reginaldo Tristeza.“ Eu não entendo e estou cansado de ver essa política porca e ilusória que acontece dentro da Câmara, porque os mesmos vereadores que assinaram a aprovação do projeto agora aprovam a vista a ele”, disse.
Imediatamente Reginaldo Tristeza deu seu parecer da situação afirmando que não estava presente durante a assinatura do projeto, e que portando, não estava ciente sobre a situação. “Se o senhor não sabe, por favor não acuse”, pediu ao Caio Dutra.
Para finalizar a discussão, Claudinei Dias chamou atenção para o fato da matéria, que envolve milhares de moradores de Sete Lagoas, ainda não ter sido discutida com os próprios servidores. “O que a Câmara quer é que essa discussão seja feita com todos os servidores e com o Executivo, para que não hajam mais dúvidas e que o projeto saia da forma correta”, finalizou.
por Cíntia Rezende