Um dos assuntos mais importantes que voltou a tona na tarde de hoje na reunião da Câmara, foi a realização do asfaltamento da estrada que liga Sete Lagoas a Araçaí. O assunto foi levantado pelo vereador Gilberto Doceiro, que relembrou que o tema está em aberto desde o ano de 2010, com a promessa do então Governador de Minas, Aécio Neves, de que a estrada entraria como prioridade em seu mandato.
O tema foi novamente levantado pelo atual governador Antônio Anastasia, porém, até o momento, o projeto ainda não entrou em vigor. Gilberto contou em plenário, que pretende juntar empresários e a administração das duas cidades para que a situação seja resolvida. “Não podemos calar diante desse problema porque a região está abandonada”, afirma.
Já o vereador Claudinei Dias chamou atenção para os dados apresentados ontem durante a prestação de contas do Executivo, onde ficou registrada uma dívida do município de cerca de R$100 milhões. “Isso deve ser motivo de preocupação do município que deve reavaliar sua forma de administração”, afirma. Em contrapartida, Claudinei ressaltou que a arrecadação da cidade continua crescendo cerca de 20% a cada ano.
O vereador Marcelo Lico chamou atenção para a falta de estrutura da saúde na cidade, que ainda expõe os doentes em corredores em função da falta de leitos. Lico aproveitou a oportunidade, para falar de uma possível pressão que seu partido e seu grupo, do PMN, vêm sofrendo para aprovação de projetos do Executivo. “Estamos sendo pressionados e eu quero falar desse ato Xiita que acontece pra gente aprovar os projetos do Executivo”, afirmou em plenário. Logo em seguida seu companheiro de sigla, Marcelo da Cooperseltta, afirmou que, diferente do apresentado por Lico, a junção do bloco não vem sofrendo pressão alguma e que a união, assim como em outros lugares, se dá para realização de atos políticos dentro da Casa. “Nós não estamos cedendo a pressões e nem a atitudes politiqueiras, portanto não tem cabresto como disse o Lico”, afirmou Marcelo.
Caio aproveitou a oportunidade para levantar dados sobre a previdência social em Sete Lagoas, e sobre possíveis falhas em seu funcionamento. O vereador afirmou que em determinados casos há uma arrecadação do INSS do funcionário, sem o repasse correto à previdência, ação essa ilegal. Ele comentou ainda que hoje, a rede de saúde, em especial a do Hospital Nossa Senhora das Graças, sofre com a falta de materiais para realização das cirurgias. O vereador também comentou sobre a formação de blocos dentro da Casa e pediu que os vereadores “rasgassem” os blocos, visto que as ações tem rachado as decisões dentro da Câmara. “Nós (vereadores) vamos pagar caro dentro das urnas porque fomos omissos com a população. Continuar com essa política de blocos é fragmentar as ações e o poder”, disse.
Por último, Reginaldo Tristeza comentou a não resposta do Executivo quanto ao requerimento de apresentação do número de funcionários dentro da administração municipal. Conforme previsto pela Lei Orgânica, de acordo com regimento 102, o prefeito teria um prazo de 30 dias para responder, mas até o momento não houve uma resposta concreta sobre isso.
por Cíntia Rezende