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Vereador critica mudanças que descaracterizam área de proteção ambiental

A aprovação pela Câmara Municipal a mudanças na APA, Área de Preservação Ambiental, da Serra de Santa Helena, ainda gera polêmica. O projeto foi aprovado na terça-feira (13). Os terrenos no local seriam de 1.000 m2 e, após emenda dos vereadores Caio Dutra e Euro Lanza, passaram a ter medida de, no mínimo, 500 m2.

O vereador Dalton Andrade (PT) critica a ação considerando que "Muitos lotes urbanos são superiores a 500m² e a APA não poderia surgir a partir dessas Dalton Andrade critica mudanças na APA de Santa Helena / DivulgaçãoDalton Andrade critica mudanças na APA de Santa Helena / Divulgaçãomedidas”, aponta o vereador. “A mudança foi feita sem considerar todos os estudos técnicos realizados por profissionais como Érika Carvalho, engenheira agrônoma da Emater, e Thomaz Corrêa e Castro da Costa, engenheiro florestal e pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, sediada em Sete Lagoas”, completa Andrade.

Na visão de Dalton Andrade, que votou contra a diminuição dos terrenos na APA foram acrescentadas ao projeto original emendas que descaracterizaram parte da área de preservação. Passada a votação na Câmara Municipal, o vereador Dalton Andrade lembra que, “agora, a missão está nas mãos do futuro Conselho Gestor, responsável em decidir todas as questões de toda a APA”, recorda, ao citar a lei federal do Sistema Nacional de Unidades de Conservação Ambiental (SNUC).

“É lamentável que em 4 anos a Câmara não tenha indicado ou favorecido uma única lei ambiental. Em todas as vezes prevaleceu o conservadorismo, o privilégio privado ao invés do interesse público. E tal situação vende uma imagem péssima da Câmara, e acirra a tendência da população de renová-la o quanto antes. As extensões da Serra de Santa Helena são a principal moeda da cidade em relação ao futuro da cidade”, exclama Dalton Andrade.

Dalton destaca ainda os riscos que a medida poderá trazer para os moradores de Sete Lagoas. “A serra está no ponto mais alto do plano de Sete Lagoas, e se for permitido o adensamento, correrá água para dentro da cidade. Os veios d’água dessas partes não recebem a água da chuva, que se infiltra por completo no terreno. Ninguém garante o que pode acontecer com a derrocada dessa última área de mata virgem, com total vocação para reserva ou parque florestal”, alerta.

Da Redação, com informações de Caio Pacheco/Gabinete Dalton Andrade



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