O grande evento de inauguração da fábrica de locomotivas da EMD, braço da Caterpillar, em Sete Lagoas, reuniu, na quinta-feira (29), na mesma mesa, o presente e o futuro da cidade. Pelo ar o prefeito eleito, Márcio Reinaldo, já articulando com esferas distintas de Governo, chegou de helicóptero, ao lado do Governador em exercício, Alberto Pinto Coelho e do Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Mais humilde e também mais próximo, Maroca foi, por terra, acompanhado de parte de seu secretariado.
Durante a coletiva para a imprensa Maroca sentou-se ao lado dos executivos da empresa de locomotivas, enquanto que Márcio Reinaldo ficou em pé atrás das autoridades. Já no galpão da fábrica, onde ocorreu, de fato, a cerimônia de inauguração, Maroca e Márcio Reinaldo dividiram espaço com mais oito autoridades. Durante seu pronunciamento, Alberto Pinto Coelho citou o atual prefeito dizendo que seu nome estava na história do município “por ter conseguido trazer a fábrica para a cidade”.
O Governador em exercício fez questão de citar também, o futuro prefeito, seu colega de PP. Alberto disse que “Márcio Reinaldo conseguiu uma vitória maiúscula na cidade, e que, com certeza, fará uma boa administração”. Enquanto os executivos da empresa levaram discursos prontos, convidado a se pronunciar, Maroca assumiu o microfone apenas com seu carisma e improviso habituais. Rápido, simples e ponderado, como de costume, o atual prefeito agradeceu a empresa por escolher Sete Lagoas e disse que “não mediu esforços para que a instalação se transformasse em realidade. Vi Sete Lagoas crescer através de ferrovias, por isso o prazer em participar da cerimônia,” disse.
O futuro prefeito não foi convidado a se pronunciar, mas se levantou para cumprimentar o presente prefeito, Maroca, quando terminou sua fala. A partir de janeiro do próximo ano sai de cena o jeito tranquilo e de pessoa boa de Maroca para dar lugar ao político profissional, no bom sentido da palavra, que conhece os atalhos de Brasília, Márcio Reinaldo. Duas personalidades bastante diferentes, o que sugere administrações também não parecidas. O que se espera é que com a experiência de mais de 15 anos na capital federal o futuro prefeito seja mais feliz que o presente prefeito.
por Marcelo Paiva
