O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Geras (Sind-UTE/MG) convocou, a partir desta terça-feira (11), uma paralisação acerca da proposta de lei do governo do estado em aumentar a contribuição dos servidores ao IPSEMG. A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), em memorando emitido na manhã de hoje, aponta que haverá corte de salário de servidores faltosos; o sindicato rebateu.
De acordo com a categoria, a paralisação que estava programada para três dias foi avisada ao Governo de Minas no último dia 5 de junho, como determina a legislação. O Sind-UTE/MG aponta que o projeto de lei que aumenta a contribuição dos servidores à previdência estadual seria “a ponta do iceberg” para depauperar os rendimentos dos professores, como cobranças por dependentes, criação de alíquota pra titulares e cônjuges maiores de 59 anos, e redução de coberturas de internação e procedimentos.
No dia 29 de maio foi aprovado em assembleia do sindicato as paralisações que vão até à quinta-feira (13), com o indicativo de greve a acontecer após essa data. Com isso, diversas escolas estão sem aulas na rede estadual de ensino, inclusive em Sete Lagoas.
Secretaria ameaça com corte de ponto de faltosos
A paralisação dos professores – e principalmente a resposta do Governo de Minas – gera repercussões já na manhã desta terça (11). Um memorando da SEE-MG, na qual o SeteLagoas.com.br obteve acesso, aponta para os gestores das escolas estaduais a registrar como falta grave (com a classificação de desconto em salário do dia faltoso) àqueles docentes que não comparecerem aos três dias programados da paralisação.
De acordo com o documento, assinados pela subsecretária de Gestão de Recursos Humanos Gláucia Ribeiro e pela subsecretária de Articulação Educacional Cláudia Augusto, o governo indica que apesar dos ofícios recebidos pelo Sind-UTE/MG, as reivindicações salariais já foram aprovadas no projeto de lei que concedeu aumento ao funcionalismo; e que a situação sobre o IPSEMG “foge à competência da Secretaria de Educação de Educação”.
No início da tarde desta terça-feira (11), o sindicato emitiu uma nota relatando que foi enviada pelo Governo de Minas uma notificação extrajudicial sobre a paralisação. A categoria aponta que essa notificação não tem uma representação legal, e que o corte dos pontos dos professores que aderiram à paralisação é “estrangular a educação impedir que haja luta contra o projeto de lei que aumenta os valores cobrados pelo IPSEMG e empobrece os trabalhadores”. O Sind-UTE/MG ainda afirma que a paralisação irá continuar.
Filipe Felizardo