Enquanto no Boa Vista, o agora candidato a prefeito Júnior Sousa (PRD) lançava sua campanha, a 2km dali, na casa de Jamilton Santos, acontecia a convenção da Federação Brasil da Esperança. Capitaneado pelo PT, com PV, PCdoB e UP, a chapa de esquerda quer ser o diferente entre os “pesos-pesados” da campanha eleitoral em Sete Lagoas.
A reportagem se dividiu para cobrir os eventos e contou com as “colaborações” do evento de Junior ter sido bem sucinto e do atraso da convenção de Jamilton. Lá, o grupo aguardava o lançamento da campanha, que de última hora anunciou a sua candidata a vice-prefeita na chapa.
Última hora também, de acordo com os integrantes da chapa, foi a confirmação de candidaturas nas eleições proporcionais, principalmente do lado do Partido Verde. Dos integrantes da composição, o PT tem mais componentes e terá nomes conhecidos para trazer novamente um representante de esquerda sentado na cadeira de vereador.
Governo técnico para uma cidade sem lazer
Jamilton se apresenta como cientista: engenheiro agrônomo de formação, possui pós-doutorado e também tem graduação em Direito. Em sua fala (com discurso previamente escrito), o candidato a prefeito quer uma gestão técnica para resolver os problemas de Sete Lagoas.
Com foco social, Jamilton vê que é necessário um avanço nas políticas públicas para melhoria das condições de vida da população da cidade – especialmente para as classes mais desfavorecidas. Mais escolas, UPAs – nisso, ele foi interrompido por sua neta, que também fez um pedido especial: “mais parques e diversão”. Ela arrancou o sorriso do avô e de todos os presentes. Um pedido que parece inocente, mas não é.
Em comparação às outras candidaturas, como a de Douglas Melo (PSD) e Júnior Sousa, Jamilton afirma: a sua é a que realmente representa o povo de Sete Lagoas. “Os dois irão dividir o voto da direita e nós teremos o voto da esquerda e do povo da cidade”, disse em seu discurso. Por isso, ele conta com as entidades de classe e movimentos sociais que lhe dão guarida.
Recursos
Em sua intervenção, Jamilton relata que “70% dos recursos estão em Brasília. Então, porque não elegerem uma candidatura aliada ao governo federal, que é a do presidente Lula?”, indaga. Recursos foi um dos temas que a reportagem perguntou ao candidato. Sabendo que as outras campanhas terão investimentos milionários, será que a esquerda fará frente a isso? Jamilton disse que sim: “o partido fará investimentos nas candidaturas em cidades acima de 100 mil habitantes, caso de Sete Lagoas. Então, dinheiro não é o problema”.