Vídeos nas redes sociais mostram funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) reclamando dos cortes salariais resultantes da participação em uma greve. Os manifestantes criticam a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparando-a com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Isso é vergonhoso. Nem o Bolsonaro teve coragem de fazer isso”, diz uma mulher. Outra manifestante questiona: “Não votei no Lula para cortar meu salário! Que governo do amor é esse?”
Representantes da Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), do Comando Nacional de Greve e outros militantes ocuparam o gabinete do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em Brasília.
Os manifestantes permaneceram no local das 11h da quarta-feira (04) até às 11h da quinta-feira (05). Veja vídeos do ato:
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SAIBA MAIS SOBRE A GREVE DO INSS
A greve dos funcionários do INSS começou em 16 de julho. Uma semana depois, em 23 de julho, a Previdência Social entrou com uma ação no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para declarar o movimento ilegal.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do tribunal, determinou que as agências do INSS mantivessem 85% do efetivo em funcionamento durante a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 500 mil às entidades sindicais que coordenam a greve.
Entre as reivindicações da Fenasps estão:
- recomposição das perdas salariais;
- reestruturação das carreiras;
- cumprimento do Acordo de Greve de 2022;
- reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado;
- exigência de nível superior para ingresso como técnico do Seguro Social;
- incorporação de gratificações;
- jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das horas previstas em lei;
- revogação de normas que acabaram com o teletrabalho;
- criação de um programa de gestão de desempenho;
- melhores condições de trabalho e direitos para todos, independentemente da modalidade de trabalho;
- fim do assédio moral institucional; e
- reestruturação dos serviços previdenciários.
com informações do Poder 360