O presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa, Dinho Dowsley (PSD), foi afastado do cargo e vai usar tornozeleira eletrônica. Ele é um dos alvos da operação Livre Arbítrio, da PF (Polícia Federal), que cumpre sete mandados de busca e apreensão na investigação sobre a influência de uma facção criminosa na eleição da capital.
A Polícia Federal investiga o presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa, capital da Paraíba, acusado de ter ligações com uma facção criminosa do estado; a investigação aponta que ele e o grupo coagiu e ameaçou moradores a votar nele, além de outros atos criminosos.
As informações são do UOL. Dinho Dowsley (PSD), foi afastado do cargo e vai usar tornozeleira eletrônica. Ele foi reeleito no último dia 6 com 9.397 votos. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa por meio da operação Livre Arbítrio, da PF. Outras três pessoas também foram alvos dos mandados.
Segundo apurou o UOL, o vereador está sendo investigado por suposta ligação com membros da facção Nova Okaida nos bairros de São José e Alto do Mateus. Ele está proibido de ir a esses dois locais. Através de ameaças, controle de território e coação para o voto, Dowsley e investigados teriam exercido influência no pleito eleitoral, de acordo com a corporação. Os crimes investigados são: constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros.
Em nota, o edil afirmou que tem sido alvo, nos últimos dias, de “ilações maliciosas envolvendo meu nome com motivos meramente eleitoreiros”. “Tenho 20 anos de vida pública, com cinco mandatos dedicados à população de João Pessoa, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento. Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular”, afirma.
Sobre a investigação, Downsley diz que a apoia e se colocou à disposição da PF “desde o início à disposição para explicações sobre eventuais citações levianas ao meu nome”. “Confio na Justiça dos homens e de Deus e estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados”, completa.
Aliado do prefeito e candidato à reeleição, Cícero Lucena, o vereador foi reeleito no último dia 6 com 9.397 votos. Recentemente, a primeira-dama de João Pessoa Lauremília Lucena foi detida pela PF por ter envolvimento com facções criminosas. Dentre as apurações, um áudio de um suposto líder criminoso enviado a ela dava apoio a reeleição do marido.
com UOL