Bolsa Família e não querer trabalhar aos domingos: esses são os argumentos que o governador Romeu Zema (Novo) acredita que estas são as causas da falta de mão-de-obra no comércio e varejo em Minas Gerais. A declaração foi realizada na abertura da 36ª SuperMinas Food Show, evento voltado ao setor supermercadista.
Zema disse que os supermercados integram um dos setores que mais empregam em Minas – são mais de 500 mil funcionários. O governador citou dados da economia mineira e afirmou que a geração de empregos desde 2019, quando chegou ao Palácio Tiradentes, já soma quase 1 milhão de registros em carteira assinada.
“Mas o Brasil é um país difícil. Tem mão de obra disponível, porque só em Minas Gerais, de Bolsa Familia, nos temos ai mais de um milhão de pessoas recebendo que alegam não ter oportunidade de trabalho”, criticou o governador.
O chefe da administração estadual afirmou, ainda, que os questionamentos sobre os dias de trabalho no setor são antigos, não citando os baixos salários pagos pelo setor. “Eu já estive do lado de vocês e muitas vezes na hora de contratar alguém, na entrevista, a pessoa já vem com aquela pergunta: eu preciso trabalhar sábado ou domingo? Se você fala que sim, ele já desiste da vaga, porque a pessoa quer um trabalho cheio de pré-requisitos que nem sempre empresas e setor produtivo conseguem atender”, disse o governador a empresários do setor.
Só para o final deste ano, os supermercados têm 8 mil vagas de trabalho temporárias para absorver a demanda de Natal e Ano Novo. A previsão é que a movimentação nas lojas resulte em um aumento de 7% no consumo das famílias, conforme a Associação Mineira de Supermercados (Amis).
com O Tempo