Até o momento, 79 deputados federais assinaram o projeto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com a jornada de trabalho 6×1, que teve ampla repercussão nas redes sociais. Para tramitar no Congresso Nacional, são necessários 171 assinaturas.
O projeto tem autoria da deputada Érika Hilton (PSOL-SP), argumentando que a proposta visa melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores: “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, comentou através da rede social X.
O vice-líder do governo na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), é favorável ao projeto: “Já passou da hora de o país adotar uma redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas e esse deve ser o centro de um governo popular. O Brasil tem que adotar um modelo de 4×3 ou 5×2 sem redução de salário”, afirma. Para ele, a revolução tecnológica que vive o mundo fez com que a produtividade aumentasse exponencialmente.
Vida além do trabalho
A discussão sobre o fim da escala 6×1 (seis dias trabalhados para um de descanso, usado no comércio, indústria, supermercados, farmácias, dentre outros) tem apoio de mais de 1,3 milhões de pessoas através de um abaixo-assinado na internet. Por alterar uma cláusula da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), ela precisa ser aprovada com mínimo de 308 votos dos deputados federais, em dois turnos de votação.
A proposta surgiu do movimento chamado Vida Além do Trabalho (VAT), do influenciador e agora vereador eleito pela cidade do Rio de Janeiro Rick Azevedo (PSOL). Nela, haveria a substituição da escala 6×1 pela de 4×3 (quatro dias trabalhados por três de descanso).