O Mercosul e a União Europeia (UE) fecharam o acordo de livre comércio nesta sexta-feira (6), no último dia da Cúpula de Chefes de Estado do bloco sul-americano, em Montevidéu, no Uruguai. O acordo é considerado histórico. Negociado desde 1999, o tratado visa eliminar grande parte das tarifas alfandegárias entre Mercosul e União Europeia.

Apesar de concluído, o acordo não entra em vigor de imediato. O texto será traduzido para todos os idiomas antes de ser submetido à aprovação do Parlamento Europeu e dos países do Mercosul, o que pode levar até um ano e meio.
A expectativa é que a assinatura final ocorra em até um ano e meio. Caso seja formalizado, o pacto resultará no maior bloco comercial do mundo. Somados, o Mercosul e a UE representam um PIB de mais de US$ 20 trilhões e um mercado de 750 milhões de pessoas.
Na última quinta-feira (5), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a relevância histórica do acordo. “Seria a maior parceria comercial e de investimentos do mundo”, declarou em uma publicação durante sua viagem a Montevidéu.
O pacto prevê benefícios mútuos, como a facilitação da exportação de automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos pela UE, enquanto abre caminho para os países sul-americanos comercializarem carne, açúcar, arroz, mel, soja e outros produtos com menos barreiras tarifárias.
O Mercosul e a União Europeia tentam superar impasses em um acordo de livre comércio que já se arrasta por 25 anos. Apesar de um anúncio em 2019 sobre a conclusão das negociações, mas o texto foi reaberto.
Enquanto a Europa mira expandir a exportação de carros, máquinas e medicamentos para os países sul-americanos, o Mercosul busca ampliar o acesso a seu mercado de alimentos, incluindo produtos como soja, carne e mel. A influência crescente da China na região adiciona um elemento estratégico às negociações.
com Times Brasil